Armin Laschet sucede a Angela Merkel na liderança da CDU

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Direitos de autor Michael Kappeler/(c) Copyright 2021, dpa (www.dpa.de). Alle Rechte vorbehalten
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De  Francisco Marques com AFP, AP
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Governador da Renânia do Norte -Vestfália derrotou na segunda volta o ultraconservador Friedrich Merz e perfila-se como candidato a Chanceler da Alemanha

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Armin Laschet é o successor de Angela Merkel na liderança da União Democrata-Cristã (CDU) da Alemanha.

Prestes a celebrar 60 anos, o Governador da Renânia do Norte - Vestefália é um conservador moderado, europeísta e defensor das políticas de acolhimento e integração, na linha da atual Chanceler alemã, o que lhe valeu inclusive em tempos a alcunha de "Armin, o Turco".

Após a eleição partidária, Laschet pareceu colocar-se desde logo na lista de candidatos à chancelaria, que vai a votos em setembro e à qual já se sabe que Merkel declina avançar para um quinto mandato.

A CDU e a Alemanha que tenho em mente não precisam de um presidente, mas de um capitão de equipa que lidere e dirija em cooperação.
Armin Laschet
líder eleito da União Democrata-Cristã (CDU)

Laschet perfila-se como candidato natural a suceder a Merkel como Chanceler. A história recente dos conservadores alemães colocam o líder da CDU como a escolha habitual para se apresentar como cabeça de lista nas eleições legislativas.

No entanto, as sondagens desta sexta-feira voltavam a colocar no topo das preferências dos conservadores o líder da União Social Cristã (CSU) da Baviera, o partido "irmão" da CDU no "Bundestag", o parlamento alemão.

Markus Söder admite tratar-se de um "desafio  enorme", mas para já descarta abordar a questão das legislativas.

Não tenhamos ilusões, nesta altura os alemães não estão interessados em eleições nem estão a pensar em quem poderão ser os candidatos para a chancelaria.

"Neste momento, os alemães apenas querem saber como vamos sair deste calvário do coronavírus.
Markus Söder
Líder da União Social Cristã (CSU) da Baviera

A escolha do novo líder da CDU decorreu através de uma vídeoconvenção, devido às restrições em vigor na Alemanha para combater a propagação da epidemia de Covid-19.

Havia três candidatos à sucessão de Angela Merkel depois da saída forçada de Annegret Kramp-Karrenbauer, anunciada em fevereiro do ano passado após um acordo eleitoral regional com a Aliança Para a Alemanha (AfD), a principal força de extrema-direita no país.

Laschet foi eleito à segunda volta contra o antigo rival de Merkel, o ultra conservador Friedrich Merz, com 521 votos contra 466 dos 1001 delegados que participaram na vídeoconvenção da CDU.

Os cristão democratas parecem ter assim acatado o pedido efetuado sexta-feira por Angela Merkel para manterem o país numa orientação mais centralizada e aberta.

Armin Laschet vai ter no entanto muito trabalho para cultivar a imagem de líder do principal partido da Alemanha depois de ter sido fortemente criticado por algumas posições assumidas no início da epidemia na Alemanha.

O Governador da Renânia do Norte - Vestefália chegou a responsabilizar trabalhadores do leste da Europa pelo surto de Covid-19 num matadouro e depois foi também acusado de nepotismo devido a um contrato de compra de máscaras e outros equipamentos de proteção a uma empresa local relacionada com o próprio filho de Laschet, Johannes.

Os analistas políticos também não veem no novo líder da CDU o perfil necessário para liderar a Alemanha, embora lhe reconheçam capacidades de congregar apoiantes.

A sondagem de sexta-feita, realizada pela televisão pública ZDF, dá 54% de preferência ao perfil de Markus Söber como um melhor gestor de crises, enquanto apenas 28% reveem em Laschet potencial para chanceler.

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