ONU alerta para drama humanitário em Moçambique

Ciclone Eloise - Moçambique
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De  Ricardo Figueira
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A passagem do ciclone Eloise agrava uma situação já difícil. país precisa de ajuda em comida e medicamentos.

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A passagem do ciclone Eloise terá feito pelo menos 15 mortos, dos quais seis em Moçambique, onde fez também mais de 8000 deslocados, segundo os últimos dados do Gabinete da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA). A zona afetada está a precisar de ajuda urgente em termos de comida, água e equipamento médico. A catástrofe natural é a mais recente tragédia a afetar o país.

"Como parceiros humanitários, estamos já a responder a necessidades múltiplas em Moçambique, incluindo o conflito em Cabo Delgado no norte e o recente impacto da tempesatade tropical Chalane. Agora, precisamos de mais recursos para responder às necessidades causadas pelo ciclone tropical Eloise", diz Jens Laerke, porta-voz do OCHA.

O primeiro-ministro Agostinho do Rosário visitou um campo de deslocados na província de Sofala, onde milhares de pessoas aguardam poder regressar a casa, isto quando o país se prepara para a estação chuvosa. Presente na memória de todos está o ciclone Idai, que matou centenas de pessoas há dois anos.

Diz Tomson Phiri, porta-voz do Programa Alimentar Mundial: "O ciclone chega numa altura muito complicada para Moçambique, porque entre janeiro e março atinge-se o pico da época entre colheitas, que é quando as pessoas têm mais dificuldade para encontrar comida. Os últimos dados sobre malnutrição e insegurança alimentar, publicados no dia 14 de janeiro, dizem que há mais de 2,9 milhões de pessoas a enfrentar altos níveis de insegurança alimentar, tanto nas áreas rurais como nas zonas urbanas no sul, centro e norte de Moçambique".

A cidade da Beira foi particularmente atingida pelo ciclone, com 250 mil habitantes afetados. O ciclone destruiu ou danificou 76 instalações sanitárias e 400 salas de aula.

Editor de vídeo • Ricardo Figueira

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