Milhares de casas, vias de comunicação e infraestruturas da cidade moçambicana ficaram danificadas. Autoridades registam pelo menos três mortes.
Com água pela cintura e rodeados de destroços, os habitantes da Beira não têm tempo para descanso. A segunda maior cidade de Moçambique, que desde há dois anos tenta recuperar da fúria do Idai, foi desta vez testemunha da destruição do ciclone "Eloise", que este fim de semana fez pelo menos três mortos e danos graves em milhares de habitações.
Sebastião Sabão, líder do bairro de Munhava, na Beira, não sabe como fazer frente às perdas.
"Não há casa que não tenha água dentro, todas as casas estão cheias de água. Por isso mesmo, as pessoas, nem sei onde vão dormir", afirma.
Além das muitas casas inundadas, rajadas de vento até 160km/h e 250mm de chuva em menos de um dia deitaram abaixo postes de eletricidade, bloquearam estradas e cobriram plantações.
A situação é, de acordo com a Cruz Vermelha de Moçambique, "caótica".
O "Eloise" perdeu entretanto força, passando a tempestade tropical em direção ao Zimbabué e a África do Sul.