Com a ajuda das forças ruandesas, a polícia moçambicana tenta convencer a população a voltar a casa, depois de fazer recuar os grupos armados na região.
Em marcha lenta, Moçambique volta aos poucos a uma paz armada. A intervenção das tropas ruandesas está a ajudar o país a fazer recuar os jihadistas que desde 2017 espalham o terror na província de Cabo Delgado.
Depois do controlo de Mocímboa da Praia, chegou a vez de os habitantes de Palma regressarem a casa.
Este domingo, a tarefa contou com o apoio da polícia moçambicana para convencer uma população ainda desconfiada do fim da violência.
"Viemos aqui para assegurar a população de que a guerra terminou e dizer que têm de voltar para recolher os seus pertences. Esta é uma forma de lhes transmitir confiança para voltar à vida normal", explica o superintendente da Polícia do Ruanda Justin Rukara.
Com medo de voltar e cansados de fugir, muitos preferem permanecer nos campos para refugiados.
Nos últimos quatro anos, o conflito com os grupos armados no norte do país provocou mais de 3000 mortes e de 817 mil deslocados.
O clima de instabilidade levou também as multinacionais presentes em Cabo Delgado a suspender as operações e investimentos na província.
Diante de uma fatura de centenas de milhões de euros a pagar pelo custo da guerra, Moçambique não vê a hora de voltar a abrir o país e regressar à normalidade.