Bolsonaro refuta acusações da CPI: "Não temos culpa de absolutamente nada"

Jair Bolsonaro, Presidente do Brasil
Jair Bolsonaro, Presidente do Brasil Direitos de autor Eraldo Peres/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved
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O Presidente do Brasil é acusado de nove crimes no relatório final sobre a gestão da pandemia de covid-19, realizado pela Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado.

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A gestão da pandemia de covid-19 ainda não terminou e está já a dar espaço a troca de acusações no Brasil. Poucas horas após a Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado ter pedido o indiciamento de Jair Bolsonaro por nove crimes, o presidente brasileiro veio a público responde que está inocente.

"Nós sabemos que não temos culpa de absolutamente nada. Sabemos que fizemos a coisa certa desde o primeiro momento. Tomaram o tempo do nosso ministro da Saúde, de servidores humildes, de empresários. Nada produziram", contra-atacou o chefe de Estado.

No relatório final da comissão, lido esta quarta-feira, o nome de Bolsonaro surge ligado a crimes relacionados com a propagação da pandemia de covid-19, entre eles infração das medidas sanitárias, charlatanismo, ou epidemia com efeito de morte.

No documento constam ainda crimes mais graves como o crime contra a humanidade e de responsabilidade, com penas até 30 anos de prisão e perda de mandato respetivamente.

À saída da leitura, Flávio Bolsonaro - que, além de filho do presidente, é também senador e está presente no relatório - saiu em defesa do pai; acusa o responsável pela comissão de inquérito, Renan Calheiros, de abuso de autoridade e já fez queixa contra o senador na Procuradoria-Geral da República.

O senador Flávio Bolsonaro diz que o responsável pela elaboração do relatório "usou um instrumento do Senado federal para promover perseguição política, para acusar o presidente da república do que ele não fez. Isso é calúnia, isso é injúria, isso é difamação, isso é crime de perseguição".

A Comissão Parlamentar de Inquérito para a Covid, tal como qualquer outra, não tem poder vinculativo. Caso, na próxima terça-feira, a maioria dos senadores da comissão aprove o relatório, o documento será enviado à Procuradoria, que terá como missão conduzir as investigações.

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