Conduta do presidente da Bielorrússia é "desumana", diz Scholz

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O chanceler alemão criticou, durante uma visita oficial à Polónia, a atuação da Bielorrússia em relação aos migrantes que tentam entrar na União Europeia. Já a questão do respeito de Varsóvia pelo Estado de direito mereceu mais diplomacia.

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Olaf Scholz está de visita oficial à Polónia. O chanceler alemão foi recebido, este domingo, pelo primeiro ministro polaco, Mateusz Morawiecki, a quem garantiu o apoio da Alemanha na "guerra híbrida" contra a Bielorrússia.

Ao lado do conservador Morawiecki, Scholz considerou a conduta do presidente da bielorrusso "desumana", mas quando o tema foi o Estado de direito na Polónia, uma questão controversa dentro da União Europeia, o chanceler alemão optou pelo caminho da diplomacia.

"A Europa é uma comunidade de valores e de direito. Estamos unidos pelas ideias do Estado de direito e da democracia e, portanto, seria também muito bom e útil se as discussões e as conversações entre a União Europeia, a Comissão e a Polónia, pudessem em breve conduzir a uma solução muito boa e pragmática", afirmou o chefe do governo alemão durante uma conferência de imprensa.

North Stream 2 vai ter de esperar

Também o controverso North Stream 2 mereceu a atenção dos dois chefes de governo. Após uma década de avanços e recuos, o gasoduto russo-alemão, que atravessa o Mar Báltico, já está concluído. No entanto, a data para entrar em funcionamento permanece uma incógnita e, ao que tudo indica, assim vai continuar, perante os receios europeus de uma invasão russa da Ucrânia.

O primeiro-ministro polaco reconheceu as manobras políticas do Kremlin, que, com o gasoduto "vai aumentar a capacidade de exercer pressão sobre a Ucrânia e sobre a União Europeia", podendo usá-lo como "um meio de estabelecer o preço", o que "em alguns aspectos", está já a ser observado "mesmo antes do início do North Stream 2".

Moscovo pressiona de um lado, com o poder de controlar preços, ou mesmo fechar a torneira de energia à Alemanha, a Europa retalia do outro. Ainda este domingo Berlim confirmou as advertências da União Europeia e dos Estados Unidos: caso haja violação da fronteira com a Ucrânia, o gasoduto russo vai continuar com a aprovação pendente.

Depois de Paris e Bruxelas, a visita oficial à Polónia foi a terceira de Olaf Sholz, após, esta quarta-feira, ter tomado posse enquanto chanceler alemão.

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