Rússia disse ter parado ofensiva num dia em que mísseis atingiram edifícios residenciais

Milícias civis controlam um ponto de acesso ao centro de Kiev
Milícias civis controlam um ponto de acesso ao centro de Kiev Direitos de autor AP Photo/Emilio Morenatti
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De  Francisco Marques
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Terceiro dia de invasão russa na Ucrânia marcado por bombardeamentos num período em que o Kremlin alega ter travado a ofensiva. Ajuda internacional a caminho

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Fecha-se o terceiro dia da invasão russa na Ucrânia e o segundo da tentativa das força fiéis a Vladimir Putin de tomarem Kiev e derrubarem o governo de Volodymyr Zelenskyy.

A resistência ucraniana está a conseguir aguentar o coração da Ucrânia e a manter vivo o sonho de se manterem longe da opressão de Moscovo.

O Kremlin, no entanto, não desiste e ordenou à tropas para intensificarem a ofensiva.

"Depois do anúncio de Kiev na sexta feira de estarem prontos para negociações, a ofensiva parou, mas após terem rejeitado o processo negocial, voltámos a ordenar a todas as unidades para avançarem por todas as direções, de acordo com o plano traçado", explicou Igor Konashenkov, o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia.

As alegações russas de que a ofensiva tinha sido suspensa são, no entanto, contrariadas pelas imagens de sucessivos bombardeamentos em Kiev desde a madrugada deste sábado.

Diversos edifícios residenciais foram atingidos por artilharia pesada, mas as força armadas ucranianas e as milícias civis conseguiram travar os intentos dos invasores e seguraram o controlo da capital e de outras cidades-chave na Ucrânia.

Antigo presidente do país e agora membro ativo das milícias armadas, Petro Poroshenko garantiu que "um número significativo de tanques russos foram destruídos" desde quinta-feira "devido à assistência" civil.

"Por favor, aumentem a vossa ajuda. Precisamos de armaduras blindadas, de capacetes, de armas antitanques e de armas antiaéreas. Precisamos apenas de aumentar a nossa capacidade de defesa para parar o agressor louco na Europa", afirmou Poroshenko, referindo a Putin, que depois de ter reconhecido na segunda-feira de forma unilateral a independência de duas regiões separatistas no território ucraniano, na quinta-feira ordenou a invasão da Ucrânia.

Os apelos ucranianos de ajuda parecem ter surtido efeito. Para além de diversos países europeus, como a Alemanha, a Estónia ou os Países Baixos, agora também os Estados Unidos anunciaram o envio de armas para a luta contra a invasão russa.

O Departamento de Defesa norte-americano revelou a autorização do Presidente Putin de um pacote adicional de ajuda militar avaliado em 350 milhões de dólares (312 milhões de euros), no qual serão incluídas, por exemplo, as solicitadas armaduras blindadas e armas antitanque.

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