Rússia intensifica "guerra de desgaste" na Ucrânia

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Direitos de autor Rodrigo Abd/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Ricardo Figueira
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Negociações devem ser retomadas esta terça-feira na Turquia, mas há pouca esperança de um acordo.

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Com as negociações de um cessar-fogo a prolongar-se e sem o vislumbre de um acordo, com várias hipóteses em cima da mesa, incluindo uma divisão da Ucrânia, a Rússia prossegue uma guerra de desgaste, com o ataque aos recursos ucranianos. Os depósitos de combustível têm sido um alvo habitual. Foi o que aconteceu em Lutsk, perto de Lviv, no oeste do país.

As ofensivas prosseguem em pontos de todo o território ucraniano, mesmo se a Rússia diz querer centrar-se no Donbass.

Em Bashtanka, perto de Mykolaiv, uma equipa da televisão estatal francesa encontrou um cenário de destruição, depois da retirada das tropas russas. Um homem diz que "ficou com a casa destruída, tal como todas as casas da vila. Toda a gente se foi embora".

Ucrânia fala em 17 mil baixas do lado russo

Esta segunda-feira, o porta-voz do ministério russo da defesa disse que as forças de Moscovo abateram 19 aviões ucranianos, incluindo dois caças. Já a Ucrânia diz que, desde o início da guerra, mais de 17 mil soldados russos foram mortos ou ficaram feridos, sem especificar - números bastante mais altos que os confirmados pelo governo de Vladimir Putin. A NATO fala em entre sete mil e 15 mil soldados russos mortos, quase tantos como em dez anos de guerra no Afeganistão.

As imagens de funerais de soldados ucranianos mortos em combate sucedem-se, como os organizados esta segunda-feira em Lviv. Mas é, para já, difícil de confirmar o número de baixas de cada lado.

As negociações entre os dois lados devem ser retomadas esta terça-feira na Turquia, que foi já palco de um encontro no dia 10. O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, já garantiu que só há um encontro presencial entre Putin e Zelenskyy quando a Ucrânia aceitar as condições da Rússia.

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