Triciclos a energia solar ajudam camponeses no Zimbabué

Triciclo movido a energia solar no Zimbabué
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De  Euronews
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O projeto "Mobility For Africa", que conta com financiamento da UE, produz triciclos a energia solar que ajudam à mobilidade dos camponses no Zimbabué

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Durante anos, uma boa parte do dinheiro que a agricultora, Danai Bvochora, do Zimbabué, ganhava com a venda de ovos, era gasto em transportes para o mercado. Agora, o triciclo elétrico, movido a energia solar, construído pela empresa Mobility For Africa e financiado pela União Europeia, mudou-lhe a vida.

"Este projeto tem sido muito útil porque antes eu costumava gastar 12 dólares zimbabuanos em transporte mas agora só uso entre 2 dólares e 2 dólares e meio", afirma.

Dois dólares e meio é quanto custa carregar a bateria do triciclo a cada duas semanas.

O transporte dos ovos fica mais barato e as cargas deixaram de ser transportadas na cabeça. Para além disso, os triciclos podem ser utilizados em situações de emergência para levar pessoas ao hospital ou noutras logísticas quotidianas.

Fadzai Mavhuna, gestora do projeto "Mobilidade para África" diz que o objetivo é alargar a experiência às regiões do Zimbabué profundo.

"A ideia não é apenas beneficiar esta zona periurbana, mas, sim, ir para zonas rurais mais profundas, onde as distâncias são maiores e muitas mulheres agricultoras são responsáveis por diferentes tarefas domésticas e diferentes atividades que trazem rendimentos às suas casas. Por isso esperamos, no futuro, poder expandir-nos para zonas mais marginalizadas, onde podemos ajudar as mulheres a realizar o seu dia-a-dia empresarial".

E ideias de negócio não faltam, uma mulher de 37 anos utiliza o seu veículo alugado como táxi. Os clientes incluem doentes que vão a uma clínica, mulheres grávidas que vão fazer exames médicos, e aldeões e camponeses que vão ao mercado, ao médico, ou necessitam fazer outras deslocações.

No entanto, a ideia dos triciclos elétricos levantou algumas dúvidas no início, disse Bloemen, nascido nos EUA, que é residente permanente no Zimbabué e viveu no país nos anos 90 quando trabalhou para a UNICEF.

"Foi muito solitário quando começámos", disse, explicando que a sua equipa tinha de trabalhar arduamente para provar aos financiadores que a ideia era viável.

"Ninguém estava a falar de mobilidade elétrica em África, quanto mais para as mulheres rurais", explica.

Três anos mais tarde, a empresa social planeia triplicar a sua frota atual de 88 veículos motorizados até ao final de 2022.

A empresa opera três estações movidas a energia solar, onde os condutores podem vir trocar a sua bateria de lítio por uma bateria totalmente carregada.

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