Subida dos preços desencadeia vaga de protestos liderados pela extrema direita
PUBLICIDADEO aumento de custo de vida na Alemanha é a mais recente arma política contra o governo liderado pelo social democrata Olaf Scholz. Sasa Zatata vive em Berlim, começou a fazer compras no outro lado da fronteira, na Polónia, e mostra-se muito preocupada com a evolução dos preços.
"A electricidade tornou-se mais cara, não temos gás. Aquecemos a casa com petróleo, mas isso também se tornou mais caro. Já antes estava constantemente atenta à gestão do dinheiro, mas costumava ser capaz de o gerir de alguma forma. Agora provoca-me noites sem dormir. Temos de pedir a ajuda a outros porque os bancos alimentares já estão demasiado cheios," desabafa.
Sasa é alemã, mas foi casada com um árabe de quem tem uma filha. É essa a razão que apresenta para não se juntar nas ruas à Alternativa para a Alemanha (AfD). O partido de extrema direita alemão tem liderado a contestação que este sábado saiu à rua.
Protesto "contra o governo" nas palavras de um manifestante porque "os preços subiram três ou quatro vezes."
"Nós, a classe média, estamos a ficar cada vez mais pobres. Temos de congelar porquê?," declara uma outra participante na manifestação deste sábado.
Contra o aumento de preços, sobretudo na comida e energia, em Berlim, A AfD conseguiu reunir milhares de pessoas frente ao parlamento alemão.