Milhares na manifestação de apoio à junta militar no Níger

Manifestação no Níger
Manifestação no Níger Direitos de autor Sam Mednick/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
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De  Euronews com EFE, AFP
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Manifestantes concentraram-se em frente à embaixada de França, gritaram "Viva Putin" e incendiaram uma porta. Foram afastados pelo exército.

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A embaixada francesa no Níger foi atacada este domingo, no meio da manifestação de apoio à junta militar que tomou o poder num golpe de estado. Uma porta do edifício foi incendiada e o exército teve de dispersar os manifestantes.

Milhares de apoiantes da junta encheram as ruas da capital, Niamey, agitando bandeiras russas, cantando o nome do presidente russo e denunciando a antiga potência colonial.

Emmanuel Macron já tinha dito que "não vai tolerar qualquer ataque contra a França e os seus interesses" e, este sábado, o Eliseu e a ministra dos Negócios Estrangeiros, Catherine Colonna, anunciaram a suspensão da ajuda ao Níger.

“Não” à interferência externa

Este domingo, os manifestantes sublinharam a rejeição do país em relação a uma interferência externa. Omar Baomoussa, residente em Niamey deixou uma mensagem à União Europeia, União Africana e CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental): “por favor, não se metam nos nossos assuntos."

A mesma mensagem foi enviada pela junta militar do Níger à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

CEDEAO lança ultimato

Depois da União Africana, que deu 15 dias ao Níger para recolocar no poder o governo eleito democraticamente, foi a fez da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental lançar um ultimato.

O grupo, que reuniu de emergência, este domingo, na Nigéria, não exclui o recurso à força se o Presidente deposto Mohamed Bazoum não for libertado e regressar ao poder.

A CEDEAO "tomará todas as medidas necessárias para restaurar a ordem constitucional na República do Níger" e estas "podem incluir o uso da força", disse o presidente da Comissão da CEDEAO, Omar Touray, em declarações publicadas na imprensa nigeriana após a cimeira extraordinária.

Touray disse que a reunião também decidiu fechar as fronteiras terrestres, suspender os voos comerciais entre o Níger e os Estados membros, bem como as transações comerciais e financeiras.

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