União Africana: ultimato para militares suspenderem golpe de Estado no Níger

Manifestantes têm saído às ruas em apoio ao presidente do Níger.
Manifestantes têm saído às ruas em apoio ao presidente do Níger. Direitos de autor Sam Mednick/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
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De  Euronews com Lusa
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Em comunicado, UA admite tomar "medidas punitivas", caso não sejam respeitados os direitos fundamentais do presidente como preso político.

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A União Africana (UA) deu à junta militar responsável pelo golpe de Estado no país 15 dias para restabelecer a Constituição.

Também exige o regresso "incondicional" dos militares aos quartéis bem como a libertação imediata do Presidente, Mohamed Bazoum, detido desde o golpe de Estado.

Em comunicado, emitido após uma reunião de emergência na sexta-feira, a UA admite tomar "medidas punitivas", caso não sejam respeitados os direitos fundamentais do presidente como preso político.

O general Omar Abdourahmane Tchiani é o novo "homem forte" do país. Foi apresentado na televisão como "o chefe de Estado que representa o Níger nas relações internacionais.”

Desde o início do golpe, a junta militar anunciou a dissolução de todas as instituições previstas na Constituição, e disse estar a exercer "todos os poderes legislativos e executivos" até ao "regresso à ordem constitucional normal."

Tchiani ressalvou que os golpistas tinham decidido intervir devido à "incoerência e ineficácia" da gestão da segurança do Presidente deposto.

Depois do Mali e do Burkina Faso, o Níger, até agora aliado dos países ocidentais, torna-se no terceiro país do Sahel - minado pelos ataques de movimentos extremista ligados ao grupo fundamentalista Estado Islâmico e à Al-Qaida - a sofrer um golpe de Estado desde 2020.

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