Donald Trump declara-se inocente em tribunal

Donald Trump, ex-presidente dos EUA
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Donald Trump compareceu em tribunal na quinta-feira e declarou-se inocente na acusação de orquestrar uma conspiração contra as instituições norte-americanas.

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O ex-presidente dos EUA, e favorito para a nomeação republicana na candidatura à presidência em 2024, declarou à saída do tribunal: "Este é um dia muito triste para a América. Quando se olha para o que está a acontecer, isto é perseguição de um opositor político. Isto nunca deveria ter acontecido na América. Trata-se de uma perseguição. É a perseguição da pessoa que está a liderar por números muito, muito substanciais nas primárias republicanas e a liderar Biden por muito".

Centenas de manifestantes reuniram-se em frente a um edifício de um tribunal federal em Washington DC, na quinta-feira, para apoiarem o antigo presidente, mas havia também opositores que gritavam: "Prendam-no!" Alguns exibiam cartazes onde se lia: "Quem comete o crime, paga a pena".

Esta é a terceira vez desde março que o favorito da direita para as eleições presidenciais de 2024 enfrenta acusações criminais. Desta vez, porém, é acusado de pôr em perigo os próprios fundamentos da democracia americana, ao tentar fazer descarrilar o processo eleitoral.

A próxima audiência para determinar a data do julgamento foi marcada para 28 de agosto. Será realizada sob a autoridade da juíza federal Tanya Chutkan, que presidirá ao processo.

Na quinta-feira, a defesa pediu tempo para estudar a enorme quantidade de documentos do processo, contestando o pedido de Jack Smith, apresentado na terça-feira, para um julgamento rápido.

A acusação de 45 páginas, que entre outras coisas alega um "esquema criminoso", acusa Donald Trump de ter minado os alicerces da democracia americana ao tentar subverter o processo de contagem dos votos de mais de 150 milhões de americanos, acusações sem precedentes e tanto mais graves quanto, na altura, era o presidente em exercício.

Em contrapartida, os dois processos penais anteriores instaurados contra ele este ano, por fraude contabilística ligada à compra do silêncio de uma atriz de filmes pornográficos e por comprometer a segurança nacional devido ao manuseamento descuidado de documentos confidenciais, referem-se, respetivamente, ao período anterior e posterior ao seu mandato.

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