G7 apela às "pausas humanitárias" e ao fornecimento de combustível à Faixa de Gaza

Chefes da diplomacia dos membros do G7, incluindo a não numerada União Europeia
Chefes da diplomacia dos membros do G7, incluindo a não numerada União Europeia Direitos de autor Toshifumi KITAMURA/AFP
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De  Francisco Marques
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O grupo das sete maiores economias democráticas do mundo apelou ainda ao fim da violência dos colonos israelitas sobre os palestinianos na Cisjordânia

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Os países membros do G7 reiteraram no Japão, esta quarta-feira, o apoio unânime do grupo ao direito à autodefesa de Israel, condenaram o ataque de 7 de outubro do Hamas e apelaram em uníssono às chamadas pausas humanitárias na forte contraofensiva que as forças israelitas estão a lançar há um mês sobre a Faixa de Gaza e inclusive ao fornecimento de combustível ao enclave.

A reunião juntou os atuais membros de um grupo que com a Rússia entre 1997 e até 2014, quando foi suspensa após invadir a Crimeia, fazendo com o grupo trocasse a designação de G8, assumida até ali, para  G7.

O grupo junta atualmente as sete economias democráticas mais desenvolvidas do mundo, de acordo com o FMI (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido mais a União Europeia, que não é enumerada na designação) e rege-se pelos valores do pluralismo, da democracia liberal e de governos representativos da respetiva sociedade.

A declaração conjunta desta reunião surgiu após o grupo ter ultrapassado algumas divergências sobre a guerra Israel-Hamas e com os Estados Unidos a avisar Israel de que não deve tentar ocupar a Faixa de Gaza, uma ideia deixada no ar já esta semana pelo primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu.

"Os ministros do G7 reafirmaram a nossa posição de apoio ao direito e à obrigação de Israel de se autodefender e de tentar garantir que ataques como o de 7 de outubro jamais voltem a acontecer. Todos concordámos que pausas humanitárias poderiam fazer avançar objetivos chave na proteção de civis palestinianos, aumentar os fluxos sustentáveis de ajuda humanitária, permitir os nossos cidadãos e outros estrangeiros de sair [do enclave] e facilitar a libertação dos reféns", afirmou Antony Blinken, o representante norte-americano na reunião.

Todas as partes devem permitir o apoio humanitário sem entraves aos civis, incluindo alimentos, água, cuidados médicos, combustível e proteção, bem como o acesso dos trabalhadores humanitários.
G7
Declaração conjunta

Reunidos em Tóquio, os chefes da diplomacia do G7 condenaram também o agravamento da violência dos colonos israelitas sobre os palestinianos nos territórios ocupados.

Na ótica conjunta do G7, a opressão dos colonos sobre os palestinianos nos territórios ocupados, onde até centenas de oliveiras centenárias já foram roubadas de propriedades árabes, é uma ameaça à segurança na Cisjordânia e à perspetiva de uma paz duradoura na região.

Outras fontes • AP

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