Face à proximidade dos combates, palestinianos fogem dos hospitais que eram considerados uns dos últimos locais seguros no norte da Faixa de Gaza
Os combates entre Israel e o Hamas junto a hospitais estão a obrigar milhares de palestinianos a fugir dos últimos locais considerados seguros no norte da Faixa de Gaza.
Mais de 11.000 palestinianos foram mortos, incluindo 4.630 crianças, desde 7 de outubro, de acordo com os números avançados pelas autoridades sanitárias do Hamas.
Com corpos a acumularem-se no interior e exterior, o maior hospital de Gaza, Al-Shifa, é "quase um cemitério", segundo a Organização Mundial de Saúde.
As imagens de bebés prematuros que lutam para sobreviver sem incubadoras, devido à falta de energia no hospital, aumentam as preocupações internacionais e levaram mesmo o presidente norte-americano Joe Biden a apelar a Israel para mudar de tática.
Joe Biden, presidente dos EUA: "É minha esperança e expetativa que haja uma ação menos intrusiva em relação ao hospital."
O Exército israelita divulgou um vídeo do que diz ser um hospital pediátrico que as suas forças ocuparam no fim de semana, afirmando ter encontrado armas no interior, bem como salas na cave onde acredita que os militantes do Hamas tenham mantido alguns dos reféns sequestrados a 7 de outubro.
Daniel Hagari, porta-voz do exército israelita: "Quero que compreendam que este tipo de equipamento é um equipamento para uma luta importante. Trata-se de explosivos. São coletes. Coletes com explosivos. É um colete para os terroristas explodirem nas forças armadas. Nos hospitais, entre os doentes."
Os combatentes do Hamas detêm mais de 200 reféns e afirmam que um deles morreu durante um ataque recente das forças israelitas.
Pelo menos 1.200 israelitas, na sua maioria civis, morreram no ataque do Hamas que esteve na origem do conflito.