Israel diz que vai investigar ataque a escola de Jabalia onde terão morrido 80 pessoas

Uma imagem da AFPTV mostra um tanque israelita atrás de um grupo de palestinianos que fogem de Gaza, 18 de novembro de 2023
Uma imagem da AFPTV mostra um tanque israelita atrás de um grupo de palestinianos que fogem de Gaza, 18 de novembro de 2023 Direitos de autor BELAL AL SABBAGH/AFP or licensors
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O exército israelita alega que várias escolas em Gaza são usadas como esconderijos de armas para o Hamas e a Jihad Islâmica.

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As Forças de Defesa de Israel (FDI) dizem estar a investigar os relatos sobre um ataque mortal em Jabalia, um bairro da cidade de Gaza. Fontes palestinianas afirmam que mais de 80 pessoas, incluindo crianças, foram mortas.

O ataque atingiu uma escola gerida pela ONU que foi transformada num abrigo para refugiados, um dos maiores de Gaza, acolhendo aqueles que não conseguiram escapar da cidade devido ao bloqueio.

O porta-voz das FDI, Peter Lerner, disse à BBC: “Não posso confirmar se este incidente é das FDI, mas estamos a ver, como você, imagens nas redes sociais.

As FDI alegam que várias escolas em Gaza são usadas como esconderijos de armas para o Hamas e a Jihad Islâmica; no sábado, publicaram um vídeo de um desses esconderijos supostamente descoberto numa escola secundária no norte da Faixa de Gaza, além de dezenas de morteiros que teriam sido descobertos num jardim de infância na mesma área.

O presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, apelou diretamente ao presidente dos EUA, Joe Biden, para intervir imediatamente e “parar esta catástrofe humanitária, ou melhor, este genocídio contra o nosso povo inocente, pelo qual a história não considerará ninguém inocente”.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, respondeu indiretamente a isso, alegando que Abbas "43 dias após o pior massacre feito aos judeus desde o Holocausto, se recusa a condená-lo". Netanyahu acrescentou que a Autoridade Palestiniana "na sua forma atual" é incapaz de assumir a responsabilidade sobre Gaza, frisando "depois de lutarmos e fazermos isto, entregaremos [a Faixa de Gaza] a eles".

Acordo sobre a libertação dos reféns?

Entretanto há rumores de que Israel, os Estados Unidos e o Hamas terão estabelecido um acordo provisório que libertaria dezenas de mulheres e crianças mantidas reféns em Gaza, em troca de uma pausa de cinco dias nos combates.

Salvo problemas de última hora, o acordo poderia levar à primeira pausa sustentada no conflito em Gaza.

Um conjunto detalhado de termos escritos de seis páginas exigiria que todas as partes no conflito congelassem as operações de combate durante pelo menos cinco dias, enquanto inicialmente serão libertados 50 ou mais reféns, e depois, grupos mais pequenos a cada 24 horas, segundo fontes familiarizadas com as disposições do texto, citadas por alguns media norte-americanos.

Nem os EUA, nem Israel confirmam a finalização do acordo por enquanto

Netanyahu também observou: Israel “só concordará com um cessar-fogo temporário, e apenas em troca do regresso dos nossos reféns”, rejeitando todos os relatórios anteriores sobre alegados acordos ou conversações de cessar-fogo. Até ao momento, segundo o chefe do governo israelita, não há acordo sobre esse assunto.

Ao mesmo tempo, o jornal Al-Qahera Al-Ekhbariya relata que a Jihad Islâmica Palestiniana (braço militar do Hamas) perdeu contactos com várias unidades responsáveis pela guarda dos reféns no norte de Gaza. Nenhuma razão nem detalhes foram fornecidos ainda.

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