O chefe da diplomacia de Kiev falou à Euronews Sérvia sobre as propostas de paz e o alargamento da UE.
A Ucrânia espera um novo inverno de guerra, com ataques de drones e mísseis contra as infraestruturas, disse o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, numa entrevista à Euronews Sérvia. Quanto às negociações de paz, Kuleba propõe uma solução em pequenos passos: "Recomendo que se apoie a fórmula de paz proposta pela Ucrânia como um caminho para acabar com a guerra. Em segundo lugar, devemos concentrar-nos nos problemas específicos criados pela guerra e tentar resolvê-los nas relações com a Rússia", disse o chefe da diplomacia de Kiev.
Nos dias 14 e 15 de dezembro, o Conselho da União Europeia em Bruxelas decidirá sobre o início das negociações de adesão com a Ucrânia e a Moldávia. Quais são as expectativas do chefe da diplomacia da Ucrânia?
"Nós, a Ucrânia e a Sérvia, pertencemos à Europa. Somos ambas nações europeias. Temos os nossos interesses nacionais, mas somos todos europeus. Portanto, trata-se de uma estratégia. Trata-se de expandir as regras europeias, os princípios europeus e o modo de vida europeu ao seu espaço histórico", disse Kuleba.
A Ucrânia espera aderir à UE ao mesmo tempo que os outros países candidatos dos Balcãs Ocidentais: "Exortamos a União Europeia a não repetir o erro de prolongar o processo de adesão de todos os países, não só da Ucrânia, mas também de todos os países candidatos, incluindo, evidentemente, os Balcãs Ocidentais: Será justo dizer que foi a Ucrânia que tirou a União Europeia do coma de alargamento. Se olharmos para trás, há dois anos, não havia qualquer discussão séria no seio da União Europeia sobre o alargamento e as conversações de adesão com os Balcãs Ocidentais estavam suspensas", conclui.