A decisão do líder húngaro de sair da sala no momento da votação teve uma mãozinha do chanceler alemão, admitiu este último.
Nos últimos momentos da cimeira europeia, o chanceler alemão Olaf Scholz admitiu que foi ele que convenceu o homólogo húngaro, Viktor Orbán, a abandonar temporariamente a sala do Conselho. Isto permitiu que os restantes 26 líderes tomassem a decisão histórica de dar luz verde ao início das negociações de adesão com a Ucrânia e a Moldávia, assim como aceitar a Geórgia como país candidato. Scholz observou, no entanto, que esta não pode ser uma solução universal.
"As coisas não podem ser resolvidas com alguém a sair da sala. Isto é para casos excecionais, como, por exemplo, a decisão que acabámos de tomar", disse o chanceler alemão.
Os líderes europeus Ursula von der Leyen e Charles Michel mostraram-se confiantes de que conseguirão chegar a um consenso - ou mesmo ultrapassar a posição de Viktor Orbán no futuro - em particular, na questão da concessão de uma ajuda adicional de 50 mil milhões de euros à Ucrânia, que Orbán bloqueou.
Charles Michel resumiu a decisão de dar luz verde à via europeia para a Geórgia, a Moldávia e a Ucrânia como "uma mensagem política muito forte" e "uma mensagem de esperança".