Os cinco migrantes mortos foram descobertos ao largo da costa de França quando tentavam chegar à costa do Reino Unido.
A morte de cinco migrantes nas águas do Canal da Mancha, na madrugada de 13 para 14 de janeiro, voltou a levantar questões sobre a forma como as autoridades francesas e britânicas estão a lidar com a crise migratória.
Os migrantes terão morrido perto de uma praia em Wimereux (Pas-de-Calais), no norte de França, quando tentavam alcançar um barco a nado no Canal da Mancha. Segundo a Associated Press, trinta e duas pessoas foram resgatadas pela polícia marítima.
O presidente da câmara de Le Portel, Olivier Barbarin, lamentou as mortes e referiu que Londres e Paris “têm de encontrar soluções”.
"Nós, presidentes de câmara, estamos perturbados. Estamos aqui para acompanhar, para trazer roupa, para trazer esta solidariedade comunitária e nacional, mas, além disso, estamos completamente impotentes. Vamos ter de encontrar soluções entre França e Inglaterra", afirmou Barbarin.
O Ministério Público de Boulogne-sur-Mer disse que o barco foi lançado ao largo com 12 a 15 pessoas a bordo. Outras estavam prestes a embarcar quando o barco se virou devido à ondulação e à subida da maré. Um barco francês conseguiu salvar 32 pessoas.
Numa entrevista concedida no passado domingo às emissoras de televisão norte-americanas, o Papa Francisco apelou a que aos migrantes, muitas vezes tratados como objetos, que não se deparem com portas fechadas, sublinhando a necessidade de serem ajudados nos países que necessitam de mão de obra.