Tribunal marcou uma audiência à porta fechada para o dia 4 de março.
A mãe de Alexei Navalny interpôs uma ação judicial num tribunal da cidade de Salekhar, na qual contesta a recusa das autoridades em libertar o corpo do filho.
Segundo a agência de notícias estatal russa, que cita funcionários do tribunal, foi marcada uma audiência à porta fechada para o dia 4 de março.
O líder da oposição russa morreu na última sexta-feira, numa colónia penal no extremo norte da Rússia, e desde sábado que Lyudmila Navalnaya tenta recuperar o corpo do filho. A equipa do opositor russo informou que não conseguiu descobrir onde está o corpo de Navalny.
As autoridades russas afirmaram que a causa da morte ainda é desconhecida e recusam libertar o corpo durante as próximas duas semanas, à medida que o inquérito preliminar prossegue.
Ontem, Navalnaya apelou ao Presidente russo para que liberte os restos mortais do seu filho, de modo a poder enterrá-lo com dignidade.
Os membros da equipa de Navalny acusaram o governo de estar a empatar o processo para tentar esconder provas. Na segunda-feira, a viúva de Navalny, Yulia, divulgou um vídeo em que acusava Putin de matar o marido e alegou que a recusa em libertar o corpo faz parte de um encobrimento.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, rejeitou as acusações dizendo aos jornalistas que "são absolutamente infundadas e insolentes".
Desde a morte de Navalny, cerca de 400 pessoas foram detidas na Rússia, quando tentavam prestar homenagem ao opositor de Putin com flores e velas, de acordo com o OVD-Info, um grupo que monitoriza as detenções políticas.
Vários dos homens que foram detidos em memoriais a Navalny receberam também ordens para se apresentarem no gabinete de recrutamento do exército local, segundo o Go by the Forest, um grupo ativista que ajuda os russos a evitar o serviço militar.