Macron mantém no ar envio de tropas ocidentais para a Ucrânia: "Todas as opções são possíveis"

Chanceler alemão, Olaf Scholz, com o presidente francês, Emmanuel Macron
Chanceler alemão, Olaf Scholz, com o presidente francês, Emmanuel Macron Direitos de autor Lewis Joly/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
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Juntamente com os Estados Unidos e o Reino Unido, a Alemanha já excluiu o envolvimento direto na guerra. Macron tem encontro esta sexta-feira com o chanceler alemão, Olaf Scholz, em Berlim para aliviar tensões e discutir apoio a Kiev.

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O presidente francês Emmanuel Macron insiste que o envio de tropas francesas e da NATO para o teatro de guerra na Ucrânia continua em cima da mesa.

"Todas as opções são possíveis", afirmou Macron, numa entrevista a dois canais de televisão franceses, transmitida na quinta-feira. 

Já no final de fevereiro, o chefe de Estado francês tinha admitido essa hipótese, o que mereceu a oposição do chanceler alemão, Olaf Scholz, que excluiu o envio de mísseis Taurus para a Ucrânia, argumentando que o uso deste tipo de armas poderia arrastar a Alemanha para a guerra.

Apesar de a sugestão de Macron ter causado forte oposição entre vários parceiros da NATO, o presidente gaulês reitera que o conflito na Ucrânia é "existencial" para a Europa e que representa uma séria ameaça ao velho continente.

"Há menos de 1.500 quilómetros entre Estrasburgo e Lviv", sublinhou Macron.

"O único responsável é o regime do Kremlin. Não seremos nós", acrescentou.

Emmanuel Macron salientou que a França é "uma força de paz". 

"Escolher votar contra o apoio à Ucrânia não é escolher a paz. É escolher a derrota", afirmou.

Macron e Scholz encontram-se em Berlim

Esta sexta-feira está agendada uma reunião em Berlim entre Macron, o chanceler alemão, Olaf Scholz e o primeiro-ministro polaco, DonaldTusk, numa tentativa de reduzir as tensões e de aprofundar a assistência à Ucrânia.

Da Alemanha vieram esta quinta-feira sinais contraditórios. Apesar de Scholz, juntamente com os Estados Unidos e o Reino Unido, ter deixado claro que o envolvimento direto alemão não é uma opção, a ministra alemã dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, parece ter secundado a posição de Macron.

"Uma diminuição do apoio [à Ucrânia] traria a guerra para mais perto de nós", disse a responsável pela diplomacia alemã. 

Neste contexto, os meios de comunicação social ucranianos recordam que o envio de soldados estrangeiros para o país tem de ser previamente aprovado pelo Parlamento.

Neste momento, não existem tais decisões nem mesmo qualquer discussão sobre essa possibilidade no parlamento ucraniano.

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