Olaf Scholz voltou a manifestar a sua oposição ao fornecimento de mísseis Taurus à Ucrânia, por recear que a Alemanha seja arrastada para a guerra. Tema tem causado divergências entre os líderes europeus.
O chanceler alemão Olaf Scholz reiterou que a Alemanha não está disponível para enviar mísseis Taurus para a Ucrânia.
Sob pressão de outros líderes europeus para mudar de posição, Scholz justificou que teme que o uso deste tipo de armas arraste a Alemanha para a guerra.
"Dada a importância de não perder o controlo sobre os alvos, esta arma não pode ser utilizada sem o destacamento de soldados alemães. A prudência não é algo que se possa qualificar como uma fraqueza, como alguns fazem. A prudência é algo a que os cidadãos do nosso país têm direito", afirmou no parlamento alemão.
Outros líderes europeus, incluindo o primeiro-ministro finlandês, argumentam que ou a Europa assume uma posição robusta contra a Rússia ou arrisca-se a que haja uma agressão russa contra os Estados-membros.
"A Rússia está evidentemente a preparar-se para um longo conflito com o Ocidente e representa uma ameaça militar permanente e inevitável para a Europa. Se nós, enquanto Europa unida, não conseguirmos responder suficientemente a este desafio, os próximos anos serão repletos de perigos e da ameaça iminente de um ataque", alertou Petteri Orpo, no Parlamento Europeu.
Com a Europa dividida ao nível do apoio militar à Ucrânia, Scholz convidou o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, para uma reunião em Berlim na sexta-feira. Os dois estão entre os mais fervorosos defensores da maximização do fornecimento de armas a Kiev, incluindo mísseis de longo alcance.