Varsóvia e Kiev dão "passo em frente" mas não chegam a acordo sobre exportação de cereais ucranianos

Polónia e Ucrânia anunciam "passo em frente" mas não chegam a acordo sobre cereais
Polónia e Ucrânia anunciam "passo em frente" mas não chegam a acordo sobre cereais Direitos de autor Czarek Sokolowski/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
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O primeiro-ministro ucraniano e o seu homólogo polaco reuniram-se em Varsóvia para encontrar soluções para o descontentamento dos agricultores. A Polónia propôs à União Europeia uma taxa de 50% sobre os produtos agroalimentares russos e bielorussos.

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A Ucrânia e a Polónia anunciaram, esta quinta-feira, terem feito progressos na resolução dos problemas nos sectores das importações agrícolas e do transporte rodoviário. No entanto, os países não chegaram a um acordo sobre a entrada de produtos agrícolas ucranianos na União Europeia (UE) via Polónia.

O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, esteve em Varsóvia, onde conversou com o seu homólogo polaco, Donald Tusk, para que fossem encontradas formas de resolver o descontentamento dos agricultores, que deu origem a protestos violentos e ao bloqueio dos postos fronteiriços da Polónia com a Ucrânia  -  a UE tem em vigor a isenção de taxas alfandegárias à importação de produtos agrícolas ucranianos e os polacos queixam-se de concorrência desleal.

O bloqueio da fronteira ucraniana por certos grupos polacos prejudica, naturalmente, as economias da Polónia, da Ucrânia e da UE.

“Hoje posso dizer que estamos definitivamente a fazer progressos no levantamento do bloqueio, mas sobretudo na resolução de todas as questões críticas que levam a esses bloqueios. O nosso plano não está a ser implementado tão rapidamente quanto gostaríamos, mas as tendências são definitivamente positivas”, disse Denys Shmyhal em conferência de imprensa na Polónia, citado pelas agências internacionais.

Polónia propôs taxa de 50% sobre produtos agroalimentares russos

Tusk indicou que o seu país propôs à UE a **imposição de uma taxa de 50% sobre os produtos agroalimentares russos e bielorrussos,**o que descreveu como "um passo em frente" para a resolução do conflito, uma vez que o mercado europeu poderia absorver mais importações da Ucrânia.

"Estamos à procura de soluções que podem não agradar a todos, mas que protegem os interesses básicos dos agricultores e produtores polacos e, por outro lado, dos ucranianos. Estamos a procurar e estamos perto de encontrar uma solução", disse Dondald Tusk, citado pelas agências internacionais.

Shmyhal afirmou que a Ucrânia concordou com "certas limitações", mas não especificou quais, de acordo com as agências internacionais. O país de Volodymyr Zelenskyy anunciou, também, que pediu à Polónia a passagem livre através da fronteira não só de munições e ajuda humanitária, mas também de combustível.

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