Israel demite dois oficiais pelos ataques contra trabalhadores humanitários em Gaza

Sete trabalhadores da ONG World Central Kitchen morreram no ataque israelita
Sete trabalhadores da ONG World Central Kitchen morreram no ataque israelita Direitos de autor Abdel Kareem Hana/AP
Direitos de autor Abdel Kareem Hana/AP
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

As conclusões da investigação sobre o ataque contra o comboio de ajuda humanitária, na segunda-feira, colocaram Israel numa situação embaraçosa, que enfrenta acusações crescentes dos aliados, incluindo os EUA, por não fazer o suficiente para proteger os civis de Gaza na guerra com o Hamas.

PUBLICIDADE

Israel demitiu dois oficiais e repatriou outros três pelo papel no ataque mortal com drones que matou sete voluntários da World Central Kitchen em Gaza. O governo israelita acusa-os de terem manipulado incorretamente informações críticas e violado as regras de combate do exército.

Isto depois de ter classificado o incidente como um "erro lamentável", algo que a ONG atingida rejeita.

Também esta sexta-feira, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciou que Israel está a tomar medidas para aumentar o fluxo de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, incluindo a reabertura de uma passagem fronteiriça fundamental para o norte do território.

ONU adota resolução contra Israel

As decisões foram anunciadas após a adoção, pelo Conselho dos Direitos Humanos da ONU, de uma resolução (aprovada com 28 países a favor, 13 abstenções e 6 contra) que apela à responsabilização de Israel por eventuais crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos na Faixa de Gaza. O documento apela à suspensão da venda de armas a Israel e alerta para a possibilidade de "genocídio" em resultado da guerra em Gaza.

Israel rejeita a resolução, considerando-a um "texto distorcido".

Foi a primeira vez que este organismo tomou posição sobre a guerra, que dura há quase seis meses.

Em Bruxelas, onde participa na reunião da NATO, e depois de Joe Biden ter alertado Telavive para a necessidade de mudar de política, o secretário de Estado norte-americano Antony Blinken congratulou-se com a decisão de Israel de abrir um novo ponto de passagem para a ajuda humanitária ao enclave palestiniano. Blinken sublinhou que existem "questões críticas" que só podem ser medidas pelos resultados.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Ataque a trabalhadores humanitários em Gaza causa incidente diplomático entre Polónia e Israel

Fundador da World Central Kitchen diz que ataque a trabalhadores humanitários não foi "erro infeliz"

Comité Internacional de Resgate afirma que Gaza é um "lugar letal" para trabalhadores humanitários