Povoar uma ilha grega com esculturas

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Um artista britânico deu nova vida ao "mais sagrado espaço" da Grécia Antiga, isto é, na ilha de Delos, onde há muito não vive ninguém.

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A figura humana que vemos ao longe não pode ser um residente de Delos, uma vez que esta é uma ilha grega desabitada. Mas é verdade que aqui vivem agora três dezenas de esculturas do britânico Antony Gormley. O projeto chama-se 'Sight' e as obras interagem com a herança arqueológica, a memória coletiva e, por vezes, apenas a topografia do território.

"Os meus trabalhos não assentam na idealização de algo. Nem sequer ilustram uma ação. E não são seguramente retratos. Trata-se simplesmente de apontar um lugar humano, um espaço, utilizando o silêncio e a quietude da escultura para que o espetador possa ele mesmo projetar os seus pensamentos e emoções. A escultura dá-nos a possibilidade de escapar ao tempo mecânico, ao tempo ditado pelos telefones, pelos nossos afazeres. E esse é um lugar que situa fora do tempo", diz Gormley.

Na Grécia Antiga, Delos acolhia um dos mais sagrados santuários, porque aqui teriam nascido Apolo e Artemísia, dois dos mais importantes deuses do panteão helénico.

"Durante vários séculos, Delos foi um ponto privilegiado de comércio e multiculturalismo, um local onde se trocavam ideias e mercadorias, um centro onde eram observadas crenças diferentes. Esta inclusividade, esta coabitação pacífica é um feito humano. Essa é a mensagem desta exposição. Os espaços arqueológicos não são apenas camadas de tempo; são a memória de como as culturas e nações se interligaram", afirma uma das curadoras, Elina Kountouri.

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