É assim todos os anos e este ano não fugiu à regra: uma multidão reuniu-se em Stonehenge, no sul de Inglaterra, para assinalar o solstício de verão, o dia mais longo do hemisfério norte
Celebrando uma experiência única, uma vez por ano, druidas, hippies, turistas, bruxas, feiticeiros e simples curiosos cantaram, dançaram e entoaram cânticos enquanto o sol se erguia sobre as antigas e misteriosas pedras, que se impõem sobre a planície de Salisbury.
O sítio, classificado como Património Mundial, esteve aberto ao público das 19h00 de terça-feira às 8h00 de quarta-feira, a única noite do ano em que as pessoas podem permanecer durante um período prolongado no interior do círculo de pedras.
A festa não é só em Stonehenge. O otimismo reina, em todo o Reino Unido, com o início oficial do verão.
Stonehenge supostamente fica nas linhas ley - conexões místicas de energia em todo o território. Para os druidas, espiritualistas modernos ligados à antiga ordem religiosa celta, Stonehenge tem uma importância secular, assim como os rituais em torno do solstício. Trata-se efetivamente do ciclo da vida, da morte e do renascimento.
Este ano, o solstício de verão em Stonehenge decorreu entre as 19 horas de terça-feira e as 8 horas de quarta-feira. Durante a noite, os fiéis puderam passar a noite dentro do círculo de pedra.
Outros entoaram cânticos ou tocaram as suas guitarras acústicas. O álcool é proibido, assim como os sistemas de som.
Stonehenge, um dos monumentos pré-históricos mais famosos do mundo e Património Mundial da Humanidade, foi construído nas terras planas da planície de Salisbury, por etapas, desde há 5.000 anos, tendo o único círculo de pedras sido erigido no final do período Neolítico, cerca de 2.500 a.C.
Sabe-se que algumas das pedras, as chamadas pedras azuis, vieram das Colinas Preseli, no sudoeste do País de Gales, a cerca de 240 quilómetros de distância, mas as origens de outras permanecem um mistério.
O significado do local tem sido objeto de um debate vigoroso, com algumas teorias a parecerem mais estranhas, se não mesmo alienígenas, do que outras.
A English Heritage, uma instituição de caridade que gere centenas de locais históricos, aponta várias explicações - desde Stonehenge ser um local de coroação de reis dinamarqueses, um templo druida, um centro de culto para curas, ou um computador astronómico para prever eclipses e eventos solares.