Relatório do World Resources Institute revela que a perda de floresta a nível mundial atingíu níveis críticos. Brasil (43%), República Democrática do Congo (13%) e Bolívia (9%) são os países que perderam mais floresta. Em 2022 perderam-se 4,1 milhões de hectares de floresta primária.
Em 2022, o mundo perdeu uma área de floresta tropical do tamanho da Suíça. Esta é a chocante conclusão de um relatório do World Resources Institute.
A destruição foi causada por uma combinação de incêndios florestais, desflorestação para fins agrícolas e pecuária, e exploração madeireira.
De acordo com os autores do relatório, uma área do tamanho de um campo de futebol foi destruída a cada cinco segundos.
Os países onde se registaram as maiores perdas em termos de área terrestre foram o Brasil (43%), a República Democrática do Congo (13%) e a Bolívia (9%).
Mas a aceleração da perda de árvores noutros países também foi dramática; o Gana encabeça a lista com um aumento de 71%.
O relatório diz que os danos causados não são apenas ambientais e vão muito além das florestas afetadas.
"A desflorestação está também a provocar um aumento imediato da temperatura em áreas próximas, o que tem o efeito de duplicar o aumento das temperaturas provocado apenas pelo aquecimento com efeito de estufa. Esta outra mudança climática para condições mais quentes e secas, em resultado da desflorestação nos trópicos, está a ameaçar a atividade agrícola e a afetar a saúde humana. Mais uma vez, o que acontece na floresta não fica na floresta," explica a perita do World Resources Institute, Frances Seymour.
A Europa é um líder mundial no combate à desflorestação, mas mesmo aqui as consequências negativas são demasiado familiares, com os incêndios florestais a constituírem um perigo crescente todos os anos.
A perda de floresta ocorre apesar dos compromissos assumidos na COP 26 em 2021.