Ativistas de resgate no mar pedem ajuda

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De  Isabel Marques da SilvaSandor Zsiros
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Ativistas de resgate no mar pedem ajuda

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Do mar Mediterrâneo, onde resgatava migrantes, para o rio Reno, para chamar a atenção dos políticos reunidos na cidade francesa de Estrasburgo. A organização não-governamental (ONG) espanhola ProActiva Open Arms quer realçar que a sua missão é salvar vidas e que quem o faz não deve ser criminalizado por exercer um dever humanitário.

A hostilidade do governo italiano e inação de outros países europeus tornam as missões cada vez mais arriscadas.

"No que toca a questões jurídicas, de novas leis na Europa, a única coisa que lhes importa é travar as organizações, ameaçando-as com violações da lei que prevêem penas de prisão, com multas enormes que nem podemos imaginar. Sim, é algo arriscado", disse, à euronews, Anabel Montes, assistente de resgate do ProActiva Open Arms.

Os ativistas foram levar esta mensagem ao Parlamento Europeu, em nome de pessoas como o cidadão português, Miguel Duarte, que está atualmente detido em Itália, acusado auxilio à imigração ilegal por ter feito missões com uma ONG alemã, podendo ser condenado a 20 anos de prisão.

Algo inaceitável para Miguel Urbán, eurodeputado espanhol da esquerda radical: "A questão é trazer o debate sobre a criminalização das ONGs para dentro do Parlamento. É preciso dizer claramente que salvar vidas não é um crime".

A recente libertação de Carola Rackete, capitã do barco SeaWatch3, foi bem recebida pelos ativistas. O governo populista italiano sentiu-se desautorizado pelo juiz e admite endurecer ainda mais a legislação.

Marco Zanni, eurodeputados eleito pela Liga, um dos partidos no poder em Itália, é agora líder da bancada de extrema-direita no Parlamento Europeu e considera aquela decisão inaceitável: "Se for necessário, mudaremos as regras para garantir que a proteção de nossa fronteira não é delegada em instituições privadas, mas garantida pela autoridade pública, pela Itália. E, em determinado nível, pela União Europeia. Essa é nossa abordagem".

O socialista italiano David-Maria Sassoli é o novo presidente do Parlamento Europeu e disse que deveria haver um diálogo entre essas organizações e as instituições da União Europeia.

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