Bruxelas recomenda estatuto de candidato à UE para Bósnia-Herzegovina

A Bósnia-Herzegovina é um dos países da região dos Balcãs com mais tensões separatistas
A Bósnia-Herzegovina é um dos países da região dos Balcãs com mais tensões separatistas Direitos de autor Geert Vanden Wijngaert/Copyright 2022 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Geert Vanden Wijngaert/Copyright 2022 The AP. All rights reserved.
De  Stefan GrobeIsabel Marques da Silva
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

No Parlamento Europeu alerta-se para os riscos da frustração na região, sobretudo desde que a atenção está muito centrada na Ucrânia.

PUBLICIDADE

A Comissão Europeia recomendou, quarta-feira, aos 27 países da União Europeia (UE) que concedam à Bósnia-Herzegovina o estatuto de candidato a Estado-membro.

A abertura do processo de longas negociações depende de um voto por unanimidade e, até lá, o executivo europeu pede ao país que intensifique as reformas para corresponder aos padrões e valores da UE.

"Esta é a nossa oferta para o povo da Bósnia-Herzegovina. Esperamos que a liderança da Bósnia-Herzegovina faça pleno uso desta oportunidade", disse Oliver Varhelyi, Comissário Europeu para o Alargamento.

Dividida em duas entidades desde o fim da guerra nos Balcãs, em 1995, a Bósnia-Herzegovina continua a ser palco de tensões separatistas.

Na região dos Balcãs, o Montenegro, a Sérvia, a Macedónia do Norte e a Albânia já tem estatuto de candidatos. O Kosovo está, também, em negociações.

No Parlamento Europeu alerta-se para os riscos da frustração na região, sobretudo desde que a atenção está muito centrada na Ucrânia.

"Na situação atual, muitos deles sentem-se desapontados e sentem que foram esquecidos. Mas os países dos Balcãs Ocidentais precisam de se aproximar da União Europeia. Precisamos, pelo menos, de dar o estatuto de candidato a alguns deles para podermos reforçar a nossa presença, mas, também, para mostrar a esses países que devem prosseguir as reformas que os levarão à União Europeia", disse Victor Negrescu, eurodeputado romeno de centro-esquerda.

A Turquia, potência gigante na fronteria entre o ocidente e oriente do continente europeu, é país candidato desde 1999, mas com o processo está congleado devido à deriva autoritária do atual regime de Recep Tayyip Erdogan.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Turquia quer reforçar estabilidade nos Balcãs

O potencial efeito dominó do conflito na Ucrânia nos Balcãs Ocidentais

Bulgária bloqueia entrada de Balcãs Ocidentais na União Europeia