O Dubai investe em grandes eventos tecnológicos e no apoio às start-ups da área financeira. A cidade dos Emirados Árabes Unidos pretende afirmar-se como líder regional na área das chamadas Fintech.
O Dubai investe em grandes eventos tecnológicos e no apoio às start-up da área financeira. A cidade dos Emirados Árabes Unidos pretende afirmar-se como líder regional na área das chamadas Fintech.
Dubai aposta na Fintech
Em 2018, quase metade das start-up da área dos serviços financeiros da região do Médio Oriente e Norte de África estavam sedeadas nos Emirados Árabes Unidos. No ano passado, o país do Golfo Pérsico financiou 47% do investimento regional no setor.
"Para atrair as start-up da área das tecnologias financeiras, é preciso criar um ecossistema atrativo, nomeadamente, ao nível da regulação e do financiamento. O Centro Financeiro Internacional do Dubai criou um fundo de cem milhões de dólares para apoiar as start-up e dar-lhes a oportunidade de apresentar projetos a mais de 22 instituições financeiras", afirmou Raja Al Mazrouei, vice-presidente executiva do Fintech Hive do Centro Financeiro Internacional do Dubai.
Eventos dedicados às tecnologias financeiras
O Dubai organiza a conferência STEP dedicada às tecnologias financeiras. "O objetivo é promover o Dubai como um centro global para Start-Up e mostrar o melhor na área das start-up e tecnologia na região do Dubai", explicou Ray Dargham, presidente do grupo STEP.
"Fazer parte do programa do Centro Financeiro Internacional do Dubai ajudou-nos, em particular, o chamado soft landing, os vistos e o apoio à abertura de escritórios. Foi tudo bem pensado. Criámos empresas na Suíça, na Rússia, nos Estados Unidos, no Barein e na Jordânia. O facto de estarmos sedeados no Dubai foi uma excelente experiência para nós", contou Talal Tabbaa, um dos fundadores do Jibrel Network.
A robotização do conselho financeiro
A start-up Sarwa foi uma das empresas que beneficiou do apoio do centro financeiro internacional do Dubai. "O Sarwa é um robô conselheiro que ajuda as pessoas a investir dinheiro nos mercados internacionais. Basta ir ao nosso site responder às perguntas, o que nos permite avaliar o perfil de risco do cliente e recomendar os investimentos adequados. Se o cliente aceitar, criamos a conta e o dinheiro é investido no mercado internacional. Registamos um crescimento mensal de 20%", avançou Nadine Mezher, uma das fundadoras da Sarwa.
CFID apoia 500 empresas
O Centro Financeiro Internacional do Dubai (CFID) apoiou 500 start-up com operações em 75 países. O espírito de competição e a vontade de vencer são qualidades valorizadas no processo de seleção das empresas. "O mais importante é a qualidade da equipa. Não é uma questão de nível de educação ou prestígio. A questão é saber se as pessoas têm pressa e querem ter sucesso a qualquer custo. Serão capazes de ser bem-sucedidos apesar de todos os obstáculos? Procuramos pessoas com esse tipo de paixão e determinação e procuramos saber elas já fizeram algo, concretamente ou se passaram o tempo em casa a pensar em ideias. Queremos saber se a pessoa entrou no mercado e angariou clientes", frisou Hassan Haider, investidor da empresa 500 Startups.
O apoio à inovação na banca tradicional
Algumas start-ups propõe serviços às instituições bancárias que têm dificuldades em acompanhar a inovação no setor financeiro. As novas tecnologias colocam desafios à banca tradicional devido à aposta no big data e nos dispositivos móveis."Os consumidores já não apreciam a banca tradicional. Todos os bancos sentem os desafios colocados pela tecnologia e pelo clima atual de disrupção. A dada altura devem decidir o que fazer. Nós fornecemos conselhos, analisamos o setor e fazemos a ligação entre o setor das start-up financeiras e as instituições bancárias", afirmou Mirna Sleiman, fundadora e presidente da empresa Fintech Galaxy.