The Corner: Os opostos atraem-se na final com Quirguistão à espreita

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De  Euronews
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Faltam apenas dois jogos para encerrar a vigésima edição do mundial, um para decidir o terceiro lugar, entre Brasil e Holanda, e a final do Maracanã entre Alemanha e Argentina.

A forma como ambas chegaram ao encontro decisivo não podia ser mais diferente. No Mineirão até o recorde de Miroslav Klose (16 golos em Campeonatos do Mundo) passou despercebido perante o massacre dos alemães.

O Brasil nunca tinha vivido nada assim. A pressão de estarem obrigados a vencer em casa acabou por ser demasiada para os jogadores, que sofreram a derrota das derrotas.

Se à partida para o mundial pairava o pesadelo do Maracanazo de 1950, o escrete canarinho despede-se da competição com um pesadelo ainda maior.

Com esta goleada, a Alemanha tornou-se na grande favorita a vencer o Campeonato do Mundo, até porque a Argentina esteve longe de impressionar frente à Holanda.

Se em Belo Horizonte houve chuva de golos, em São Paulo 120 minutos de muito pouco futebol não chegaram para fazer balançar as redes.

Sergio Romero foi o herói ao defender os penáltis de Ron Vlaar e Wesley Sneijder e colocar a albi-celeste na final 24 anos depois.

A Argentina precisa de fazer muito melhor para sonhar com o primeiro título desde 1986 mas quem tem Lionel Messi arrisca-se a ganhar tudo.

O jogo que ninguém quer jogar

O jogo para o terceiro lugar não deveria existir. Louis van Gaal não se acanhou nas críticas àquele que será o seu último jogo ao comando da laranja mecânica antes de dar o lugar a Guus Hiddink.

Para o técnico, a equipa deveria ter regressado a casa logo após a derrota frente à Argentina e o motivo é simples: só o título de campeão interessa.

Van Gaal considera injusto uma equipa abandonar a competição sob o estigma de duas derrotas consecutivas quando para chegar às meias-finais teve obrigatoriamente de fazer um bom Campeonato do Mundo.

O jogo de atribuição do terceiro lugar antecede a final desde o mundial de Itália em 1934 mas nunca atingiu grande popularidade entre futebolistas e adeptos.

Não há futebol para ninguém

A FIFA suspendeu a Nigéria do futebol internacional devido à interferência do governo na federação local, uma violação clara dos regulamentos do organismo que tutela o futebol mundial.

No centro da questão está a decisão judicial de afastar o presidente da federação, assim como todo o comité executivo, colocando a responsabilidade de nomear um sucessor nas mãos do ministro do Desporto.

Este ataca a decisão da FIFA, dizendo que não se tratou de uma interferência governamental mas sim de uma decisão de um tribunal.

Certo é que se a situação não for resolvida nos próximos dias, a seleção feminina de sub-20 fica impedida de participar no mundial da categoria.

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Bem mais simples é o caso que envolve Luis Suárez. A sua mordidela a Chiellini representava o momento mais marcante do mundial até ao 7-1 da Alemanha frente ao Brasil.

O atacante uruguaio recorreu da sentença de nove jogos de castigo e quatro meses afastado de todas as atividades relacionadas com futebol, incluindo sessões de treino, mas o seu pedido de desculpas não foi suficiente para acalmar a ira da FIFA.

O pedido de Suárez foi rejeitado.

Acompanhar o mundial no meio do nada

A popularidade do futebol não tem fronteiras e o mundial do Brasil é um exemplo flagrante. Mesmo nos confins do planeta há quem faça tudo para ver a bola rolar sobre a relva.

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No coração do Quirguistão não há eletricidade nem rede de telemóvel. A seleção nacional ocupa o 149º lugar no ranking da FIFA mas nem por isso deixa de haver uma enorme paixão pelo desporto rei.

A tal ponto que um grupo de pastores nómadas decidiu investir numa antena parabólica, num gerador e numa televisão apenas para acompanhar a par e passo tudo o que se passa no Brasil.

Enquanto os mais velhos ficam colados à televisão, os mais novos vão alimentando o sonho na rua com uma bola de futebol.

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