Syriza pode ganhar lesgislativas gregas, mas sem maioria

Syriza pode ganhar lesgislativas gregas, mas sem maioria
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Stamatis Giannisis, o correspondente da euronews, em Atenas, admite a possibilidade de o Syriza vencer as prórximas eleições legislativas.

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Stamatis Giannisis, o correspondente da euronews, em Atenas, admite a possibilidade de o Syriza vencer as prórximas eleições legislativas. E reconhece que o falhanço, na eleição do Presidente da República, causou nervosismo nos mercados e nos credores.

euronews: O país está a caminho de eleições antecipadas, depois de o Parlamento não ter dado os votos necessários, para eleger o Presidente da República. Em duas palavras, o que nos trouxe até aqui?

Stamatis Giannisis: “Desde que o governo não conseguiu persuadir os 25 deputados independentes e aqueles das formações mais pequenas da direita e da esquerda para apoiar o deputado Dimas para a Presidência da República, as eleições gerais tornaram-se inevitáveis. Em qualquer caso, o governo e a oposição estavam preparados para tal desenvolvimento, porque o mandato do presidente cessante termina só daqui a dois meses.”

euronews: Nas medições de opinião recentes, o Syriza tem um crescimento, entre 2,5 e 6,5%, mesmo que a possibilidade de uma maioria absoluta não seja provável. Qual é a sensação nas ruas de Atenas? O que pretendem as pessoas destas eleições? Acreditam que o Syriza pode mudar as coisas?

Stamatis Giannisis: “A verdade é que, embora a maioria dos eleitores não queira eleições antecipadas, a vantagem que o partido de esquerda Syriza tem nas pesquisas recentes, sobre os conservadores da Nova Democracia, demonstra que a maioria dos gregos quer uma mudança política. Estão exaustos com a austeridade de quatro anos e estão a pedir condições mais suaves para as pessoas. Por outro lado, os conservadores que têm tido a capacidade de decisão, aparecem neste período pré eleitoral determinados a lutar por aquilo que têm defendido”

euronews: É certo que a eleição complica ainda mais as relações com os credores, a União Europeia e o FMI e traz de volta os cenários mais pessimistas. Os títulos da imprensa de hoje voltam a falar de uma ‘segunda-feira negra’. O mercado acionista perdeu mais de 11 por cento.

Stamatis Giannisis: “Perante um acontecimento político sério, como a convocatória de eleições antecipadas, os mercados de ações tendem sempre a ser sensíveis. Mais ainda, quando a situação política é altamente polarizada, com alguns membros do governo actual a afirmarem abertamente que, se o partido de esquerda Syriza ganhar as eleições, levará o país para fora da zona do Euro. O Syriza rejeita essas acusações, alegando que vai renegociar o acordo de empréstimo, na zona euro.”

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