Ela começou no Likud, passou pelo Kadima e fundou agora o Atnuah. Ele é o líder dos trabalhistas. Ambos podem protagonizar o próximo governo israelita.
É uma aliança estranha que espera por fim à era Netanyahu. Isaac Herzog vem do Partido Trabalhista; Tzipi Livni começou pelo Likud, transitou para o Kadima, fundado por Ariel Sharon, e criou depois o próprio partido. Juntos, apresentam-se como “União Sionista”, uma lista de centro-esquerda que defende um Estado judeu e democrático.
A coligação está taco-a-taco nas sondagens com o Likud de Benjamin Netanyahu. No entanto, Herzog tem pouca experiência na política, comparado com o primeiro-ministro cessante. O carisma também é pouco, mas a coligação está a convencer aqueles que querem tudo menos Netanyahu: “Precisamos de juntar as forças, temos de nos unir, trabalhar juntos para ter sucesso e vencer. Porque ou ganhamos nós, ou ganha ele (Netanyahu)”, disse Herzog num discurso.
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Isaac Herzog calls on English-speaking Israelis to vote for the Zionist Union on March 17th. https://t.co/Pnrq6Ar24u#IsraElex
— Zionist Union (@ZionistUnion) March 8, 2015
Jurista de 54 ans, entra para a política aos 28, mas só 15 anos depois se torna deputado. Foi ministro da construção no governo de Sharon, depois ministro do turismo nas administrações Olmert e Netanyahu. Deixa o governo quando os trabalhistas abandonam a coligação no poder.
Em 2013, é eleito presidente do Partido Trabalhista. O partido está então com uma reputação péssima no país. Por isso, em vez de se apresentar sozinho, Herzog prefere fazer esta aliança com o Kadima e o Hatnuah.
A “dama de ferro israelita”
Hatnuah é o novo partido que Livni fundou em novembro de 2012.
Tzipi Livni é uma espécie de dama de ferro israelita. Também formada em direito, torna-se agente da Mossad e faz carreira nos serviços secretos israelitas até casar. Eleita deputada em 1999, torna-se rapidamente numa protegida de Ariel Sharon.
O veterano dá-lhe vários ministérios. O da Agricultura, o da Justiça e por fim o dos Negócios Estrangeiros.
Em 2006, entra para o governo de Ehud Olmert, com as cores do Kadima, o partido fundado por Sharon. Volta a assumir a pasta dos negócios estrangeiros e torna-se depois vice-primeira-ministra.
Durante o governo de Olmert, as ofensivas de Israel no Líbano, em 2006, e em Gaza, no final de 2008 e início de 2009, fizeram correr muita tinta e causaram a condenação de Israel por uma grande parte da opinião pública internacional. Ao mesmo tempo, as ofensivas foram provas de força do exército israelita.
O reinado do Kadima e a presença de Livni no governo terminam com as eleições de 2009, que ditam o regresso do Likud e de Benjamin Netanyahu ao poder.
Livni passa a ser oposição ao próprio partido de que era membro. Tem agora na mão uma oportunidade de voltar à ribalta.
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— ציפי לבני (@Tzipi_Livni) March 5, 2015