A Grécia prepara-se para o referendo de domingo, depois de uma campanha marcada pelo encerramento dos bancos do país.
A consulta popular deverá responder à questão do SIM ou NÃO à proposta dos credores, rejeitada na semana passada pelo governo.
Uma resposta que divide ainda os gregos nas sondagens, face às implicações para a estabilidade política do país e a permanência na União Europeia e na zona Euro.
O tribunal Constitucional grego vai ter ainda que pronunciar-se, esta sexta-feira, sobre a legalidade da consulta, interpelado por dois cidadãos.
O Conselho da Europa tinha igualmente levantado dúvidas sobre o referendo, organizado num curto espaço de tempo e com uma questão que estã longe de ser clara para toda a população.
Um eleitor afirma: “eu percebo a pergunta em geral mas a questão não é clara pois não sabemos quais serão as consequências de votar NÃO e não sabemos se significa uma saída da zona euro. Não sei mesmo se o SIM ou NÃO se refere a regressarmos ou não ao dracma”.
Se o executivo de Alexis Tsipras continua a defender o NÃO como a melhor forma do governo ganhar peso nas negociações, Bruxelas voltou hoje a lembrar que a rejeição da proposta dos credores vai dificultar o poder negocial de Atenas.
Para lá das questões políticas, os gregos deverão votar a pensar nas suas poupanças, quando os levantamentos bancários permanecem limitados a 60 euros por dia.