Brasil: Dilma mais perto da destituição

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Dilma Roussef perdeu o apoio do PMDB liderado pelo vice-presidente, Michel Temer. O processo de destituição da chefe de Estado e do governo

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Dilma Roussef perdeu o apoio do PMDB liderado pelo vice-presidente, Michel Temer. O processo de destituição da chefe de Estado e do governo brasileiro ganha assim um grande fôlego. A protegida de Lula arrisca-se a terminar o segundo mandato antes do fim.

O PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) é o partido com maior representação no Congresso de Brasília. Esta terça-feira oficializou a saída da coligação governamental e apelou aos ministros peemedebistas para abandonarem o executivo ou enfrentarem a expulsão. No entanto, o líder, Michel Temer, pode continuar a exercer o cargo de vice-presidente. Se Dilma for suspensa ou destituída, a condução do governo cabe ao vice-presidente.

O PT de Dilma e Lula tem apenas 68 assentos e são necessários pelo menos 171 votos na Câmara dos Deputados para travar o processo de impeachment. A presidente do Brasil enfrenta as ameaças de parte da classe política desde o outono, mas o lançamento do processo só foi formalizado em meados de março. A oposição acusa Dilma Roussef de ter manipulado as contas públicas para esconder a dimensão do défice, o que é um crime de responsabilidade administrativa, de acordo com a Constituição. Dilma afirma que fez o mesmo que os seus predecessores e que não fez nada de errado por isso denuncia uma tentativa de golpe de estado institucional mascarado num processo sem fundamentos legais.

Dilma: 'Impeachment sem crime de responsabilidade é golpe. Não adianta fingir': https://t.co/vvMGDUXrdfpic.twitter.com/I5dFHZQ93C

— Vitor Santos (@jornalistavitor) 30 de março de 2016

A crise política começou a desenhar-se há um par de anos e agravou-se com a grave crise económica que entretanto se instalou: no ano passado o Produto Interno Bruto brasileiro encolheu 3,8 por cento. O processo de corrupção Lava-Jato também contribuiu para o descrédito da classe dirigente. Os estudos de opinião revelam que Dilma é apoiada apenas por 10 por cento da população, enquanto 69 por cento deseja a sua partida.
A destituição da presidente seria igualmente o fim do mito Lula da Silva, que se encontra também em maus lençóis perante a opinião pública e às voltas com a justiça.

Com política, Ibovespa deve ter melhor mês desde 1999: Apostas no impeachment da presidente Dilma guiaram a Bo… https://t.co/JFBEfyHhz7

— Ricardo O. Yamauti (@ryamauti) 30 de março de 2016

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