Rebeldes e enviados do governo não discutem, diretamente, paz na Síria

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De  Nara Madeira
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Em Astana, a capital do Cazaquistão, o primeiro dia de negociações, entre rebeldes sírios e emissários do regime de Bashar al-Assad, terminou sem grandes avanços, de acordo com representantes das duas

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Em Astana, a capital do Cazaquistão, o primeiro dia de negociações, entre rebeldes sírios e emissários do regime de Bashar al-Assad, terminou sem grandes avanços, de acordo com representantes das duas delegações.

Os rebeldes reuniram-se com enviados turcos, russos e representantes da ONU, e dizem que os encontros foram “longos e produtivos”.

Segundo o porta-voz do grupo as discussões, sobre os “problemas políticos” na Síria, com o enviado de Moscovo, foram frutíferas:

“Percebemos que há, da parte da Rússia, dos russos, um entendimento real e compreendemos que, militarmente, eles conseguiram o que queriam, na Síria. Agora querem traduzir este feito militar em algum tipo de ganho político e esse ganho político não pode se alcançado sem isto. A exigência para alcançá-lo é o cessar-fogo”, adiantou o porta-voz da oposição síria, Yahya Al-Aridi.

Os rebeldes não abordaram, diretamente, os enviados do governo sírio. Para uma negociação entre ambos há muito trabalho a fazer, como se percebe pelo discurso do responsável da delegação governamental:

“Esta reunião não foi organizada pelo governo sírio, fomos convidados a participar nela (…). A Turquia é responsável pelos grupos terroristas armados, porque opera com eles, e foi nessa base que viemos. A Rússia e a República Islâmica do Irão são os outros dois garantes”, afirmou Bashar al-Jaafari.

Enquanto se discutem termos para a paz, no terreno continua o conflito. As forças governamentais sírias batem-se contra as rebeldes perto de Wadi Barada e contra o grupo Estado Islâmico em Deir al-Zor.

A guerra na Síria começou em 2011 e matou já mais de 300 mil pessoas, dados do Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

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