Ministro turco garante nada o irá "impedir" de ir à Holanda falar do referendo

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De  Euronews com reuters, lusa, afp
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Tal como com a Alemanha, a Turquia está em rota de colisão com a Holanda por causa da realização de comícios de apoio ao reforço dos poderes de Erdogan.

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Em campanha para as legislativas, Geert Wilders, que já apelidou o presidente turco de “líder islamo-fascista”, manifestou-se em frente à embaixada da Turquia, na quarta-feira, empunhando um cartaz onde se lia, em holandês e turco: “mantenham-se longe, este é o nosso país”

O chefe da extrema-direita, que classifica a Turquia como um “regime ditatorial”, também não quer ver na Holanda comícios de apoio ao reforço dos poderes de Erdogan.

A resposta de Ancara não se fez esperar. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Mevlut Cavusoglu, garantiu esta quinta-feira que irá à Holanda, que ninguém o pode “impedir” de se encontrar com os cidadãos” e afirmando que não irá “sucumbir a fascistas e racistas como Wilders”.

Um comício do chefe da diplomacia turca, previsto para sábado em Roterdão, foi entretanto cancelado pelo proprietário do espaço onde se ia realizar o evento para promover o “sim” no referendo de abril na Turquia.

O tema entrou na campanha eleitoral holandesa, que tem legislativas agendadas para o dia 15 deste mês.

Pressionado pela ascensão da extrema-direita, o primeiro-ministro da Holanda tem endurecido o discurso. À entrada para uma cimeira da União Europeia, Mark Rutte afirmou que “os turcos sabem que estamos contra a visita”, em especial porque é para promover “um referendo através do qual a Turquia se afasta da democracia, segundo a opinião da Comissão de Veneza”, o principal órgão consultivo do Conselho da Europa.

No meio das trocas de galhardetes entre os políticos, a diáspora turca sente-se cada vez mais isolada, na Holanda, e dividida em relação ao rumo que a Turquia está a seguir.

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