ONU debate na China as possibilidades do turismo sustentável

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Vamos até à cidade chinesa conhecida pelo programa de proteção do panda gigante. Chengdu acolheu recentemente um encontro da ONU sobre turismo sustentável.

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A cidade chinesa de Chengdu acolheu recentemente um encontro da ONU dedicado ao turismo sustentável e ao desenvolvimento. É naquela que é também a capital da província de Sichuan que se situa um dos principais centros de investigação com a missão de proteger os pandas gigantes.

O programa de conservação contribuiu fortemente para a retirada desta espécie da lista dos animais em risco de extinção. Nos últimos três anos nasceram quase 50 crias.

É um cenário que ilustra a questão debatida aqui pela Organização Mundial de Turismo, uma agência da ONU: como tornar precisamente o turismo num veículo de desenvolvimento e, ao mesmo tempo, respeitar o ambiente e as populações locais?

Os representantes dos mais de 130 países aprofundaram uma premissa premente: o fenómeno do turismo deve beneficiar todas as partes envolvidas.

Join other responsible travellers who #TravelEnjoyRespect and take the pledge now! click here ➡️ https://t.co/bIzCRC4zYC#WTD2017pic.twitter.com/ZrMQ5vX088

— UNWTO (@UNWTO) 20 September 2017

“A sustentabilidade destina-se a garantir as condições de vida das gerações futuras. Nenhuma sociedade responsável pode esquecer esta questão. É o amanhã que está em causa. Se não fizermos nada hoje, o futuro está perdido”, declara Taleb Rifai, secretário-geral da Organização Mundial de Turismo.

A luta contra a pobreza é outra das vertentes abordadas, como salientou Rogers Valencia Espinoza, o vice-ministro do Turismo do Peru: “É uma atividade que tem de integrar as populações locais e ajudar a combater a pobreza. A nossa taxa de pobreza é de 30%. Tem de haver um forte componente ambiental e, ao mesmo tempo, constituir uma oportunidade para oferecer produtos de qualidade aos turistas estrangeiros”.

“No Gana, o turismo está centralizado. É uma atividade que se coaduna com o desenvolvimento sustentável, é uma ferramenta nesse sentido. É um fator chave para eliminar a pobreza e incentivar a educação”, apontou Catherine Abelema Afeku, ministra do Turismo ganesa.

A China é o quarto país mais visitado do mundo. A cidade de Chengdu lançou um programa integrado de desenvolvimento chamado Turismo Plus. “Há vários exemplos: o turismo aliado a cuidados de saúde e à reabilitação; ao desporto; à construção ecológica; à cultura”, realça Duo Yang Na Mu, do gabinete de turismo de Chengdu.

E há um outro exemplo: o de Portugal e do programa de recuperação de património nacional envolvendo privados. Para Ana Mendes Godinho, a secretária de Estado do Turismo portuguesa, “tem sido inacreditável perceber a dinâmica imprimida pelas populações locais para apresentar projetos que pegam na identidade da sua região, dos seus produtos, e os transformam em produtos turísticos”.

Já o Japão avança com a ideia de utilizar o turismo como forma de promover o contacto entre os visitantes e os residentes mais idosos. “As pessoas podem manter o seu estilo de vida de maneira sustentável através da interação com pessoas de fora, do diálogo e de diferentes formas de comunicação”, aponta Mamoru Kobori, da organização nipónica de turismo.

A Organização Mundial do Comércio implementou um código de ética. Mas muitos pedem uma convenção internacional abrangente.

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