Filho de jornalista assassinada acusa governo

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Patrão do "Wikileaks" ofereceu 20 mil euros de recompensa por informações sobre o crime.

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O filho da jornalista assassinada ontem em Malta acusa o atual governo de cumplicidade no crime. Na sua conta Facebook, Matthew Galizia denuncia uma “cultura da impunidade” e o que considera ser um “estado mafioso” que, segundo ele, “não protege as liberdades fundamentais”.

Daphne Caruana Galizia tinha sucumbido à explosão de uma bomba colocada na sua viatura, semanas depois de ter recebido ameaças de morte pela sua investigação a casos de corrupção no executivo. A Federação Internacional de jornalistas exigiu uma investigação rápida ao assassínio da jornalista que tinha acusado figuras próximas do primeiro-ministro Joseph Muscat, incluindo a esposa, de deterem contas no Panamá para dissimularem dinheiro de subornos.

O patrão do site Wikileaks, Julian Assange, ofereceu uma recompensa de 20 mil euros a quem forneça informação sobre as circunstâncias da explosão.

A Comissão Europeia declarou estar “horrorizada” com o ataque contra a jornalista de investigação, membro do Consórcio Internacional de Jornalistas.

“Estamos horrorizados pelo facto de que uma bem conhecida e respeitada jornalista perdeu a vida ontem no que parece ter sido um ataque planeado”, declarou o porta-voz da Comissão, Margaritis Schinas.

O governo maltês, que condenou igualmente o crime, pediu entretanto ao FBI norte-americano e à polícia holandesa para que colaborem na investigação.

Um sargento da polícia maltesa foi suspenso das suas funções depois de se felicitar com a morte de Galizia nas redes sociais.

Segundo testemunhas, a jornalista conduzia um carro alugado quando se registaram as duas explosões, poucos minutos após sair de casa.

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