França presta homenagem às vítimas e ao herói de Trèbes

Arnaud Beltrame tinha 44 anos, era casado e um oficial dedicado ao país
Arnaud Beltrame tinha 44 anos, era casado e um oficial dedicado ao país Direitos de autor Gendarmerie Nationale via REUTERS
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De  Francisco Marques com Lusa, AFP
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Tenente-coronel Arnaud Beltrame esteve no Iraque, foi agraciado pela Legião Francesa e agora recebe o tributo do país pelo sacrifício num ataque "jihadista"

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Realiza-se este domingo em França uma missa de homenagem às vítimas do ataque "jihadista" de sexta-feira em Trèbes, no sul do país.

Para mais tarde, mas ainda sem data confirmada, está prometido um tributo nacional ao polícia que acabnou morto após oferecer-se para tomar o lugar de uma refém do terrorista barricado num supermercado.

Aos 44 anos, o tenente-coronel Arnaud Beltrame, considerado um herói pelo presidente Emmanuel Macron, morreu na madrugada de sábado, no hospital, sucumbindo aos ferimentos sofridos às mãos de Redouane Lakdim, um cidadão francês de origem marroquina, com 25 anos e já referenciado pelas autoridades.

Muitas flores têm sido depositadas na entrada da esquadra onde estava afetado Arnaud Beltrame, um oficial com passagem em 2005 pela guerra do Iraque e já distinguido em 2012 com a Ordem da Legião de Honra francesa.

Beltrame era casado pelo registo civil com Marielle, a mulher com quem vinha a preparar o casamento católico previsto para junho. O casal não tinha filhos.

"Jamais a França irá esquecer o seu heroísmo, a sua bravura, o seu sacrifício", expressou o ministro do Interior, Gérard Collomb, pelas redes sociais.

Arnaud Beltrame ofereceu-se sexta-feira para trocar de lugar como uma refém, o que aconteceu, acabou baleado pelo terrorista, mas foi fundamental na resolução de mais este ataque jihadista em França.

Já no interior do supermercado, o oficial da "gendarmerie", a guarda nacional francesa, deixou sobre uma mesa o telemóvel com uma chamada ativada, o que permitiu aos agentes no exterior acompanhar o que se passou no interior durante cerca de duas horas.

Ao som de tiros, uma operação foi lançada contra o "jihadista", que acabaria morto pelas autoridades.

Quatro pessoas acabaram mortas pelo terrorista. Uma quinta, um homem de origem portuguesa, está gravemente ferida.

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