Chanceler alemã pronunciou-se no rescaldo do primeiro encontro da "grande coligação" de Governo
Angela Merkel lamenta que o projeto de resolução dos Estados Unidos para investigar o último ataque com armas químicas na Síria tenha sido chumbado no Conselho de Segurança das Nações Unidas, por causa de um bloqueio de Moscovo.
A chanceler alemã manifestou-se no rescaldo de um encontro, à porta fechada, que reuniu durante dois dias ministros do Governo da "grande coligação", no palácio de Meserberb, arredores de Berlim. Invocou ainda o "possível" envolvimento do regime sírio.
"Seria bom se a proposta americana tivesse sido considerada para se investigar no terreno. Há indícios sérios que apontam na direção do regime sírio. Nessa base serão realizadas análises posteriores. De qualquer forma condeno absolutamente o uso dessas armas nos termos mais fortes", disse Angela Merkel, durante uma conferência de imprensa conjunta com o ministro alemão das Finanças, Olaf Scholz.
Esta quarta-feira, mas numa outra frente, Merkel disse ainda que a solução técnica encontrada para os veículos a diesel afetados pelo escândalo de manipulação de emissões é "custosa." Passa, na prática, por substituir componentes físicos nos motores.
Ainda a propósito do encontro entre elementos do bloco conservador de Merkel e do Partido Social Democrata (SPD), a chanceler afastou os episódios de turbulência. Sublinhou que o que retira da reunião "é que a vontade de alcançar acordos existe."