"É tempo de mostrar as cartas", diz Tusk

Borisov, Tusk e Juncker no final da cimeira
Borisov, Tusk e Juncker no final da cimeira
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De  Joao Duarte Ferreira
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Apesar de se terem feito alguns progressos, o presidente do Conselho Europeu afirma que as questões mais difíceis permanecem por responder

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O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, lançou um derradeiro apelo ao Reino Unido no sentido de "colocar as cartas sobre a mesa" no que diz respeito às negociações do Brexit.

O alerta foi dado esta sexta-feira no encerramento da cimeira de líderes europeus em Bruxelas.

"Quanto ao Brexit, os 27 tomaram nota do que já foi alcançado até ao momento.
No entanto, permanece muito por fazer. E as tarefas mais difíceis ainda não foram resolvidas. Se o objetivo é obter um acordo em Outubro precisamos de progresso rápido. Isto é um derradeiro aviso para se colocarem as cartas na mesa", disse Tusk na conferência de imprensa.

Horas antes, após uma noite de negociações intensas sobre a a questão dos refugiados e migrantes, isto é o que a primeira-ministra britânica, Theresa May, tinha para dizer.

"Tenho vindo a sublinhar que queremos um acordo que funcione para o Reino Unido e os nossos parceiros europeus e que se trabalharmos em conjunto apoiamos a prosperidade e segurança mútuas. Em breve vamos publicar as nossas propostas. A seguir quero ver as negociações a acelerarem. Estamos preparados para intensificar e acelerar o ritmo das negociações. Também espero ver o mesmo por parte da Comissão Europeia e União Europeia".

Entre as questões em aberto conta-se a aplicação territorial do acordo final em Gibraltar e a fronteira entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda.O Reino Unido por seu lado pretende continuar a participar de uma série de instituições e organismos europeus, nomeadamente nas áreas da segurança e ciência, entre outras.

Feitas as contas, quem antevia que a cimeira de junho seria a oportunidade ideal para obter alguma clareza na futura relação entre o Reino Unido e a União Europeia, ficará decerto desapontado. A incerteza continua a dominar e ambos os lados continuam longe de uma solução.

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