Depois do conflito, a recuperação dos amputados de Mossul

Depois do conflito, a recuperação dos amputados de Mossul
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De  Monica Pinna
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A Euronews esteve num centro especializado na assistência a vítimas de explosões e de terrenos minados. Recebem assistência para um futuro melhor.

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**Milhares de civis já receberam próteses no centro de reabilitação da EMERGENCY, em Sulaymaniyah. A Organização Não Governamental italiana Emergency abriu as instalações no Curdistão iraquiano em 1998. **

Situada próxima da fronteira com o Irão, a zona vive com a herança pesada das guerras entre o Irão e o Iraque, nos anos 80 e do Golfo, no início dos anos 90.

Hoje em dia, os pacientes chegam do Iraque, Irão e Síria e muitos são originários de Mossul. Grande parte dos acidentes relaciona-se com minas e explosões.

Passam meses desde o fim da guerra em Mossul, a terceira maior aglomeração do Iraque, depois de Bagdad e Bassorá. A cidade foi reconquistada aos jiadistas do autoproclamado Estado Islâmico ou Daesh em julho de 2017.

Da ofensiva contra o Daesh é preciso recuperar uma cidade destruída e os habitantes afetados. Quase cinco mil pessoas encontram-se em lista de espera para receber próteses e 200  já receberam assistência.

A EMERGENCY diz que pode haver muitos mais casos desconhecidos.

E se uma prótese permite a uma vítima de uma amputação recuperar a independência., é também necessário que encontre um trabalho.

Para isso, o centro da Emergency organiza também formações, como a que seguiu Ahmed Mahamood. 

...

"Perdi a perna por causa de uma mina e vim para aqui aprender o ofício de carpinteiro para sustentar a minha família," conta à Euronews.

Para além da carpintaria, é também possível seguir formações no trabalho com peles ou na costura. Grupos de até 15 pessoas recebem um treino de cinco meses e apoio financeiro para começar um negócio.

Centenas de pessoas, vítimas de guerras e conflitos, já foram ajudadas. 

É o caso de Gulastan, que  está quase a concluir o curso de costura. Espera depois abrir o seu próprio centro.

"Tinha quatro anos quando perdi a minha perna. Estava num caso e uma viatura armadilhada explodiu perto. Sempre quis ser costureira," conta Gulastan à Euronews. 

O Curdistão Iraquiano é um dos locais mais perigosos do mundo no que diz respeito aos acidentes com terrenos minados. 

Nos últimos 25 anos, registaram-se cerca de 14 mil episódios desde tipo. Morreram mais de seis mil pessoas.

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