Turquia mede forças com NATO e União Europeia

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De  Ricardo Figueira
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A ofensiva contra os curdos na Síria está a preocupar a comunidade internacional. Donald Tusk diz que a Europa não vai ceder à "chantagem" de Erdoğan.

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Aumenta a preocupação da comunidade internacional com a ofensiva da Turquia contra os curdos no norte da Síria. As tropas turcas e os aliados sírios ganharam terreno na zona de fronteira sob controlo dos curdos.

Ancara diz que quer criar uma zona de segurança para o regresso dos refugiados sírios, mas a NATO, de que a Turquia é membro, mostrou-se preocupada. O secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, encontrou-se com o chefe da diplomacia turca: "Partilhei com ele as minhas preocupações com a operação em curso e o risco de aumento da instabilidade da região, escalar de tensão e mais sofrimento humano. A Turquia tem preocupações legítimas de segurança, mas ao mesmo tempo deve agir com sensatez", disse.

Em contraste com o discurso de Stoltenberg, a Turquia pede um claro apoio da NATO: "Não chega dizer que percebem as preocupações da Turquia. Queremos, muito claramente, ver solidariedade", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Mevlüt Çavuşoğlu.

UE responde à "chantagem" turca

Face às críticas, o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan ameaçou a União Europeia com uma abertura das fronteiras e um êxodo maciço de refugiados sírios. Bruxelas não gostou da ameaça.

"A Turquia tem de perceber que o nosso maior receio é que as ações deles causem mais uma grande catástrofe humanitária, o que seria inaceitável. Também não vamos aceitar que os refugiados sejam usados como arma para nos chantagear. Por isso, considero as ameaças de Erdoğan completamente desproporcionadas", disse o presidente do Conselho Europeu Donald Tusk.

Uma das das outras grandes preocupações é com os civis sírios deslocados devido aos ataques curdos. Mais uma vez, são os civis a pagar uma parte importante da fatura da abertura de mais uma frente nesta guerra.

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