Brexit: Boris Johnson pede o adiamento e a recusa de adiamento à UE

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De  João Paulo Godinho
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Primeiro-ministro britânico formula pedido para não infringir a lei, mas envia outra carta a solicitar a recusa dos parceiros a nova extensão do prazo

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"Não vou negociar um adiamento do Brexit com a União Europeia e nem a lei me obriga a fazê-lo." Foi com este tom de desafio que Boris Johnson começou por reagir na tarde de sábado à votação na Câmara dos Comuns, em Londres, de uma emenda ao acordo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

Só que algumas horas depois, o primeiro-ministro britânico acabou por formalizar o pedido de adiamento numa carta que, segundo a AFP, não terá sido assinada.

A confirmação do adiamento foi dada por Donald Tusk ao fim da noite no Twitter. O presidente do Conselho Europeu admitiu ter recebido o pedido e revelou que vai agora consultar os outros dirigentes europeus.

A aprovação da 'emenda Letwin' ditou o adiamento da decisão sobre o acordo, em respeito pela Lei Benn, uma lei aprovada pela oposição há cerca de um mês, que impunha um novo pedido de extensão do prazo de saída, caso não existisse a aprovação de um acordo até este sábado.

Fontes europeias adiantaram ainda à Reuters que foram enviadas outras duas cartas: uma a explicar que a iniciativa é do parlamento e não do governo; e a outra a defender a recusa de Bruxelas a um novo adiamento até 31 de janeiro de 2020 .

O suspense mantém-se também em Londres, onde um voto sobre o acordo de Boris Johnson pode voltar a estar em cima da mesa na próxima semana.

"Vou refletir sobre isso e espero dar uma decisão totalmente ponderada sobre esse assunto, aconselhando-me junto das instâncias apropriadas", declarou o 'speaker' da Câmara dos Comuns, John Bercow.

A saída do Reino Unido da União Europeia estava inicialmente marcada para o dia 29 de março de 2019.

A ausência de um acordo aprovado em Londres obrigou então a adiar para 31 de outubro.

Agora, o horizonte aponta a conclusão do processo de saída do Reino Unido da UE para 31 de janeiro de 2020, a data prevista na Lei Benn.

Outras fontes • Reuters / Lusa

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