Oriunda da Bélgica, a heroína paralímpica tinha 40 anos e sofria de uma doença degenerativa incurável
O sofrimento provocado por uma doença degenerativa na coluna vertebral que se converteu no pesadelo de vida de Marieke Vervoort chegou ao fim.
A atleta paralímpica belga cumpriu com o que tinha anunciado há anos e recorreu à eutanásia.
Morreu esta terça-feira, aos 40 anos, depois de por termo a uma bateria e tratamentos hospitalares.
Na cidade natal de Diest, na Bélgica, é tempo de luto.
"Lamento imenso. Era demasiado jovem. Mas compreendo porque é que decidiu recorrer à eutanásia. Temos de respeitar a escolha dela. Agora já não está em sofrimento", sublinha Noelle Stubbs, residente em Diest.
A também residente Linda Vandelook acrescenta: "Sou doente com dor crónica, por isso sei bem o que é a dor. Tenho dores intensas, mas o que ela atravessou é bem pior. É por isso que lhe tiro o chapéu, porque entendo, em parte, o que ela passou."
Marieke Vervoort conquistou quatro medalhas nos Jogos Paralímpicos. Foi ouro nos 100 metros e prata nos 200 metros nos Jogos de Londres em 2012. Mais tarde, em 2016, no Brasil, foi bronze e prata respetivamente.
Na véspera da morte, passou a noite com a família e amigos e brindou com champanhe, que considerava um analgésico,
Mais do que as medalhas deixa uma inspiradora história de resiliência que promete viver para sempre.