Boris Johnson comenta falta de acordo com a UE

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Direitos de autor Alastair Grant/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved
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De  Ricardo Figueira
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Para o primeiro-ministro britânico, a probabilidade de se chegar ao fim do ano sem acordo comercial é muito grande, mas "isso não é necessariamente mau".

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Boris Johnson admite que é muito provável que o Reino Unido e a União Europeia não cheguem a um acordo para uma parceria comercial pós-Brexit, mas insistiu na ideia de que isso não é essencial e uma solução que não passe por um consenso pode igualmente ser boa para o país.

Numa visita a uma fábrica no nordeste de Inglaterra, Johnson comentou o encontro com Ursula von der Leyen : "Estou à espera de uma grande oferta, uma grande mudança naquilo que dizem e ainda não vi nada disso. Infelizmente, neste momento, como sabem, há dois pontos-chave nos quais não conseguimos progredir. Um deles é esta cláusula fechada que deixa o Reino Unido preso ao que quer que a UE queira fazer em termos de legislação, o que obviamente não funciona. O outro é a questão das pescas, porque precisamos de recuperar o controlo das nossas águas", disse o chefe do governo britânico.

Estou à espera de uma grande oferta e ainda não vi nada disso.
Boris Johnson
Primeiro-ministro do Reino Unido

No encontro, em Bruxelas, os dois lados conseguiram alguns avanços, mas persistem estes desacordos. 

Irlanda dececionada

É algo que a Irlanda, um país diretamente afetado pelas consequências do Brexit, lamenta na voz do chefe da diplomacia: "A ideia de o Reino Unido e a União Europeia não conseguirem criar uma nova parceria, positiva e construtiva, no contexto deste novo relacionamento, seria uma grande oportunidade perdida e ambos os lados ficariam, como resultado, mais fracos", disse Simon Coveney.

Domingo é a nova meta para que os dois lados cheguem a um consenso. O Reino Unido deixou, oficialmente, a União Europeia em fevereiro. Se até ao final do ano não houver um acordo aprovado pelo parlamento britânico e pelos vários Estados da UE, as relações comerciais entre os dois blocos passam a ser regidas pelas regras da Organização Mundial do Comércio, o que significa o regresso das taxas aduaneiras.

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