Cruzeiros voltam a atracar em Veneza e são recebidos com manifestações. Ambientalistas e venezianos protestam contra a poluição das águas e danos nos edifícios
Os navios de cruzeiro voltaram à lagoa de Veneza, em Itália, após um interregno de 17 meses, devido à pandemia da Covid-19.
O regresso gerou protestos de organizações ambientais e habitantes da cidade que reclamam contra a poluição das águas e alertam que as grandes ondas, provocadas pelos navios, prejudicam as fundações dos edifícios.
Os manifestantes acusaram o Governo de Mario Draghi de mentir, ao prometer que iria agir para travar a entrada na lagoa da cidade, afastando os cruzeiros da Praça de São Marcos e do canal Giudecca.
O MSC Orchestra chegou vazio do porto grego de Pireu e recolheu 650 passageiros em Veneza, antes de seguir rumo ao sul.
Sobre a polémica, Francesco Galietti, da Associação Comercial da Indústria de Cruzeiros, sublinha que o impacto dos cruzeiros neste ambiente "frágil e delicado" é mínimo, tendo em conta o fluxo turístico global.
O Governo italiano prometeu, em março, afastar os cruzeiros do centro histórico da cidade desviando-os para o porto industrial de Veneza, no entanto a infraestrutura ainda não está concluída.