Trabalhadores domésticos afetados pela pandemia

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Organização Internacional do Trabalho revela que trabalhadores domésticos foram dos que mais sofreram com os impactos da pandemia da Covid-19

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Os trabalhadores domésticos foram dos que mais sofreram com o impacto da pandemia da Covid-19.

Esta é uma das conclusões do relatório "Fazer do Trabalho Doméstico um trabalho decente" divulgado pela Organização Internacional do Trabalho.

O documento revela que muitos dos 75 milhões e 600 mil trabalhadores domésticos que existem no mundo ficaram sem emprego ou viram as horas de trabalho reduzidas.

De acordo com o relatório “Fazer do Trabalho Doméstico um trabalho decente”, entre o último trimestre de 2019 e o segundo de 2020 o número de trabalhadores domésticos caiu 59,9% na Sérvia, 15% no Reino Unido e 13% em Portugal e na Itália. No mesmo período, muitos dos trabalhadores que mantiveram o emprego viram o número de horas de trabalho reduzido, como se verificou no Reino unido e Portugal (47%) e na Itália (21%), com impacto negativo no seu rendimento.

"Significa que os trabalhadores domésticos, muitos deles vivem nas casas das pessoas para quem trabalham, e deixaram de ter um lugar para viver. Perderam a sua casa. Muitos destes trabalhadores são trabalhadores migrantes, pelo que o seu estatuto dentro de um país pode ser posto em causa. Podem estar sem recursos. Assim, muito rapidamente que o drama da perda do emprego, e há sempre o drama da perda do emprego, torna-se quase num problema humano. Um problema simplesmente de como é que se consegue sobreviver? Como é que sobrevive? Isto expõe as vulnerabilidades subjacentes da falta de proteção que, com demasiada frequência, aflige estes trabalhadores", referiu o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.

A OIT observou que na última década pouco ou nada se fez para melhorar as condições destes trabalhadores domésticos. De acordo com a organização, 36% destes trabalhadores permanecem totalmente excluídos da legislação laboral dos países. 

O trabalho doméstico continua a ser um setor dominado pelas mulheres, empregando 57,7 milhões de mulheres, que representam 76,2% do total do setor. Enquanto as mulheres constituem a maioria da mão-de-obra na Europa e Ásia Central e nas Américas, os homens superam as mulheres nos Estados Árabes (63,4 %) e no Norte de África.

Na Europa ocidental, do norte e do sul, a maioria dos trabalhadores domésticos são migrantes (54,6%).

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