Tensão Rússia-Ucrânia faz soar alarmes sobre crise de refugiados na UE

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União Europeia antecipa o pior cenário. Polónia, um dos Estados-membros na linha da frente, é um país decisivo

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Não passa de prevenção, para já pelo menos. Perante a ameaça crescente de uma invasão militar russa na Ucrânia, a União Europeia (UE) prepara-se para um fluxo de refugiados.

A Polónia, país que faz fronteira com a Ucrânia, tem trabalhado em silêncio para esse cenário, de acordo com o Governo.

De visita a Varsóvia, a comissária europeia com a pasta dos Assuntos Internos, Ylva Johansson, procurou assegurar-se que o país está a postos, em caso de necessidade.

"O foco tem sido, claro, num plano de contingência para a situação bastante perigosa na Ucrânia. Não sabemos qual será o próximo passo do presidente russo, mas temos de estar preparados se houver um fluxo massivo de refugiados ucranianos para a União Europeia. A Polónia é, naturalmente, um país-chave neste domínio", sublinhou Johansson.

A comissária evitou avançar, por agora, números de acolhimento, mas disse que os Estados-membros da União Europeia estão prontos a mostrar solidariedade.

Enquanto isso, centenas de requerentes de asilo - crianças incluídas - continuam à procura de ajuda junto às fronteiras externas da UE, entre a Polónia e a Bielorrússia.

Vieram para Minsk com o sonho de chegar ao bloco comunitário, mas agora estão bloqueados na Bielorrússia, sem perspetivas de futuro.

A comissária Ylva Johansson condena a instrumentalização de migrante, por parte do regime do presidente bielorrusso Aleksander Lukashenko, mas pede à Polónia, que começou a construir um muro na sua fronteira externa, para aliviar a rigidez.

"Agora chegou realmente a hora de deixar a política e de ter transparência clara, de garantir o acesso aos jornalistas, às organizações não-governamentais e internacionais. Fui muito clara em relação a que o acesso aos procedimentos de asilo é um direito fundamental que não pode ser negado", acrescentou Johansson na sequência da visita a Polónia.

As autoridades polacas proibiram o acesso de organizações não-governamentais e de jornalistas à fronteira do país com a Bielorrússia.

É lá que se encontram, expostos ao frio, muitos requerentes de asilo.

Alguns voltaram para casa. Outros encontram-se em centros de detenção.

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